09/09/2024

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Para os agourentos, um pibão

Senhor Presidente,
Senhoras Deputadas,
Senhores Deputados

 

“Surpresa”, foi a palavra mais dita por comunicadores e analistas, nos últimos dias, depois da divulgação do robusto crescimento de 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB) no trimestre deste ano, comparado com o trimestre anterior. Entre o final do segundo trimestre de 2023 e o mesmo período deste ano, o PIB acumulou crescimento de 3,3%.

Em valores correntes, o PIB bateu R$ 2,9 trilhões no trimestre. Comparando com os demais países do G 20, o Brasil foi o país que mais cresceu este ano. Apesar do adverso cenário econômico mundial e das altas taxas de juros impostas pelo Banco Central, que garroteia o crédito para a produção e o comércio.

Não se trata de nenhuma “surpresa”. O crescimento econômico do país é consistente. Isso se deve à política econômica muito bem equacionada e liderada pelo presidente Lula, com a competente assessoria do ministro Fernando Haddad, sua equipe, e todo o conjunto de ministérios, a base parlamentar no Congresso Nacional, que têm trabalhado de forma coordenada no projeto do governo.

A confiança voltou, em razão da estabilidade proporcionada pelo governo Lula e horizonte para os investidores. As instituições de pesquisa detectaram, um tanto antes, fatores que convergiram para o crescimento alcançado. A bolsa tem batido sucessivos recordes de pontos. Apenas no primeiro semestre de 2024, foram 188 anúncios de investimentos, no valor de US$ 28,5 bilhões – crescimento médio de 29% a cada semestre e 74% dos investimentos anunciados em 2023.

O índice de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), por exemplo, cresceu 5,7% no segundo semestre deste ano, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Apenas no trimestre encerrado em junho, chegou a 2,1%.

A indústria deu um salto, cresceu 1,8% no segundo trimestre de 2024. A taxa de investimento chegou a 16,8% do PIB. O consumo cresceu 1,3%. As exportações batem recordes. No acumulado de janeiro até a 4ª semana de agosto/2024, em comparação a janeiro/agosto, de 2023, as exportações cresceram 0,8%, somaram 221,11 bilhões.

Dados de uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, para o Valor Econômico mostrou que a capacidade instalada da indústria de transformação chegou a 83,40%, em agosto.

Segundo estudo do Valor Data, as receitas das empresas aumentaram 10,5%, chegaram a R$ 925,5 bilhões. Os lucros também cresceram 21,6%. Os investimentos na aquisição de máquinas e equipamentos já indicavam que a indústria estava se preparando para aumentar a oferta de seus produtos e acompanhar o crescimento da demanda.

O bom disso, é que esses indicadores sinalizam que não haverá pressão inflacionária. Mas os pessimistas preferiram empacar nas projeções subavaliadas, para pressionarem o governo com o surrado discurso ideológico de que “o governo gasta mais do que arrecada” e que “o governo não cumprirá a meta fiscal”.

Cada indicador positivo anunciado ao longo do ano foi tratado como “surpresa”, por terem sido subestimados. Os investimentos e a geração de empregos permearam todos os setores, com destaque para a indústria e serviços, que resultaram na ampliação do mercado interno e se transformaram numa poderosa alavanca do crescimento.

A taxa de desemprego caiu para 6,8%, no trimestre encerrado em julho. O Brasil fechou o primeiro semestre de 2024 com 1,3 milhão de empregos de carteira assinada. A renda média, no segundo trimestre, bateu R$ 3.111,00. Considerada um recorde, para mulheres e homens.

O maior crescimento da renda ocorreu nos setores da indústria, do transporte e serviços pessoais e coletivos, com alta de 6%. A inflação está controlada, dentro da meta. Em agosto, perdeu força, com a queda dos preços dos alimentos, chegou a 0,19%, menor taxa do ano.

Segundo a Receita Federal, a arrecadação projetada para 2024 deve atingir R$ 1.758,8 trilhão. Aumento de 19,3% ante 2023. Isso se deve, basicamente, à aceleração do consistente crescimento da economia.

A retomada dos investimentos em todos os setores tem sido determinante no início deste novo ciclo da economia. Lembra o período dos governos Lula e Dilma, quando tivemos taxas elevadas do PIB, pleno emprego e inflação baixa.

O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) tem investimentos projetados que somam R$ 1,7 trilhão (recursos públicos e privados), mais R$ 200 bilhões na reindustrialização do país, através do Programa Nova Indústria, e mais R$ 200 bilhões na transição energética, até 2028.

O Plano Safra 2024/2025 destinou R$ 400,59 bilhões em linhas de crédito, mais R$ 108 bilhões em recursos de Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) totalizando R$ 508,59 bilhões, para a produção agropecuária. Para o Pronaf - 2024/2025 foram destinados R$ 76 bilhões. Além disso, tivemos o programa

Desenrola, que possibilitou pessoas voltarem ao mercado de consumo, a política de aumento do salário-mínimo, que injetou mais investimentos na economia e outras medidas acertadas do governo.

Depois de anunciado o Pibão, os agourentos ocuparam as telas para jogar terra nas boas notícias. Trataram como “surpresa” a alta taxa de crescimento, como se o governo operasse em modo aleatório, mesmo sabendo do projeto consistente de forte investimento na economia.

Depois veio o bordão de que a alta taxa de crescimento “vai gerar inflação”, que “ainda há muita incerteza” e, por esse motivo, o Banco Central teria que aumentar as taxas de juros. Evidentemente, o correto seria dizer que, apesar das escorchantes taxas de juros impostas pelo Banco Central, o governo soube conduzir a política econômica para o grande êxito.

A reconstrução do Brasil, depois de dois desastrosos governos anteriores, está sendo realizada com um arrojado projeto nacional de desenvolvimento sustentável, tendo o Estado como indutor do crescimento econômico e a democracia como sustentação do diálogo para formação de consensos. Esse é o caminho.

Primeiramente, foram organizadas as contas públicas com aprovação, pelo Congresso Nacional, do Regime Fiscal Sustentável, da Reforma Tributária e de outras medidas complementares.

Ao mesmo tempo, foi reconquistada a soberania nacional, com uma política externa ativa e altiva, que reposicionou o Brasil na geopolítica internacional, com destacada participação dos debates nos fóruns globais e ampliação das relações diplomáticas e comerciais.


Com vultosos investimentos na reindustrialização, na transição energética, na infraestrutura, na afirmação de direitos com programas sociais destinados à redução da desigualdade, erradicação da pobreza, da fome, e promoção da justiça social e ambiental, o governo Lula se torna referência internacional na construção de saída da crise e no enfrentamento dos grandes problemas globais.

Esses são fundamentos básicos do governo do presidente Lula, que a cada dia nos apresenta resultados nada “surpreendentes”, pois fazem parte do projeto de grande transformação do país.

Esse projeto, preparado democraticamente com amplo debate na sociedade brasileira, referendado nas urnas, acaba de nos dar um Pibão, com perspectivas ainda melhores, de crescimento acima de 3%, conforme projeções de instituições de pesquisa econômica e de técnicos do Ministério da Fazenda.

Obrigado!