23/09/2020

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Guimarães repudia discurso de Bolsonaro na ONU

O líder da Minoria da Câmara dos Deputados, José Guimarães, repudiou, na tarde desta terça-feira (22/09), a enxurrada de fake news propagada pelo presidente Jair Bolsonaro durante o discurso de abertura da 75ª Assembleia das Nações Unidas (ONU). “Tudo o que (ele) falou contradita com a realidade econômica, social, ambiental e sanitária do país”, afirmou.

Durante sessão remota da Casa, o parlamentar criticou, também, o tom beligerante usado pelo chefe de Estado. Guimarães lembrou que Bolsonaro colocou a culpa da crise em governadores. Estes, na verdade, resguardaram vidas e evitaram o pior com as medidas de distanciamento social adotadas. 

Outro ponto lembrado pelo petista foi a atribuição de queimadas no Pantanal e na Amazônia aos índios e caboclos. Guimarães considerou a acusação “antiética”, e disse que os povos originários “são os que mais protegem as nossas florestas”.

O líder também desaprovou a alegação do presidente de que é vítima de uma campanha de desinformação. Para Guimarães, Bolsonaro terceiriza uma culpa que é sua. “Nunca vimos um show de horror desta dimensão”, resumiu.


Carestia

Segundo Guimarães, a “carestia” voltou ao dicionário brasileiro graças a Bolsonaro. O petista citou problemas graves enfrentados pelo povo em decorrência da política neoliberal do ministro da Economia Paulo Guedes, como o desemprego e a inflação.  

O líder também avaliou com gravidade a afirmação do presidente de que estaria oferecendo, com o auxílio emergencial, cerca de mil dólares como benefício. “Ele deveria dizer, lá, que está reduzindo o valor do auxílio emergencial para R$ 300 até o fim do ano, retirando, portanto, o alimento da mesa do trabalhador, daqueles que precisam da proteção do Estado brasileiro.”


Legado petista

Guimarães lembrou que presidentes anteriores, como Lula e Dilma Rousseff, usaram o espaço privilegiado para defender teses humanitárias. Segundo o parlamentar, o Brasil, sob o PT, era respeitado internacionalmente, ao contrário do atual momento. “Nunca vimos um governo tão despreparado e tão desqualificado para lidar com as relações diplomáticas, sociais e bilaterais no mundo inteiro”.