06/07/2016
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Dilma considera Temer um "usurpador golpista"
"Achávamos que Temer era um democrata, não poderíamos supor que ele era um usurpador golpista", foi desta maneira que a presidente Dilma referiu-se ao interino Michel Temer, em entrevista concedida na manhã desta quarta-feira, 6, à Rádio O POVO CBN. "A perícia do Senado constatou que não houve dolo. Não houve crime de responsabilidade. Portanto, é golpe", definiu Dilma falando sobre o processo de impeachment que a afastou do cargo por 180 dias.
A presidente falou, também, que acredita que volta à presidência da República e que está preparando um programa para quando retornar ao cargo. Ela comparou o Brasil a uma árvore e o impeachment, que chama de golpe, de "um machado que está cortando essa árvore".
"A árvore está sendo atacado por parasitas e fungos. Como acabar com eles? Primeiro, com o debate, o outro item é ter presente uma estratégia que 2018 tem de ser coroado por um processo de consulta popular, pra escolher os governantes mas também para ter uma reforma política", disse.
Dilma disse, também, que o presidente em exercício Michel Temer (PMDB) e o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) estão sempre juntos. "Qualquer acordo não é nunca com o Temer, é com o Cunha, e esse que é o problema. Eles não só estão juntos como, na conversa de Romero Jucá tem uma hora em que ele diz: 'Temer é Cunha'", afirmou.
Dilma não fugiu ao debate quando o tema foi corrupção. "Há mais investigação atualmente. Antes, a corrupção estava escondida embaixo do tapete", afirmou.
Sobre o atual modelo político, a presidente foi enfática: "O Brasil necessita de uma reforma política. O sistema de representação no Brasil está distorcido. A fragmentação dos partidos é grande".
Confira a íntegra da entrevista clicando aqui.
