02/08/2014

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Guimarães critica FMI e defende modelo com inclusão social

O deputado federal José Guimarães (PT-CE) criticou nesta semana a avaliação do Fundo Monetário Internacional (FMI), em que o Brasil é apontado como um dos países emergentes mais vulneráveis a mudanças na economia mundial. O relatório do FMI, órgão diretamente ligado ao governo norte-americano, também recebeu as críticas do ministro da Fazenda. Guido Mantega explicou ainda o porquê o documento poderia ser classificado como um “equívoco”.

"Não é o diretor para o hemisfério sul. É alguém de um escalão inferior [que elaborou o relatório]. Não saiu em mais nenhum relatório de instituições financeiras expressivas. Mas como vocês [imprensa] deram relevância... Se vocês não tivessem dado importância, eu não estaria aqui", afirmou o ministro.

Mantega explicou que o real foi a moeda que mais se valorizou no período. O dólar recuou 9,4% e a Bovespa, a Bolsa de Valores de São Paulo, registrou alta de 21,2% no mesmo período e que o Brasil continua sendo um dos países que mais recebe investimentos estrangeiros diretos em todo mundo.

Além disso, as contas externas são “sólidas” por conta das reservas internacionais, “a quinta maior do mundo”, com a dívida externa de curto prazo (com vencimento em até um ano) não chega a US$ 30 bilhões. "Com o nosso governo o Brasil está no caminho certo", enfatizou o líder do PT na Câmara, deputado Vincentinho (PT-SP).

Para Guimarães, o fundo internacional não teria “moral” para criticar a política econômica nacional. Relembrando que o FMI ditava as regras para a economia brasileira na época do governo do PSDB (1995-2002), resultando em desemprego, miséria e ampliação do fosso social.

"No nosso governo – dos presidentes Lula e Dilma – o gasto público é para o social, para o Programa de Aceleração do Crescimento e para a distribuição de renda. Eles querem cortar gastos sociais e nós queremos aumentá-los. O Fundo deve dar conselho em outro canto", sugeriu.

(com informações das agências de notícias)