01/04/2014

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Comissão discute circunstâncias da morte do ex-deputado Rubens Paiva

Três comissões da Câmara dos Deputados vão realizar audiência pública conjunta amanhã (2), para ouvir o general reformado do Exército José Antônio Nogueira Belham sobre as circunstâncias da prisão, tortura, morte e ocultação de cadáver do ex-deputado federal Rubens Paiva. O deputado federal José Guimarães (PT-CE) participa da audiência que será realizada às 10 horas, no plenário 1, pelas comissões de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC).

O ex-deputado, assassinado em 1971 em um quartel no Rio de Janeiro, foi um dos principais opositores do regime militar. Belham é considerado testemunha-chave para esclarecer o destino dado ao corpo de Rubens Paiva.

De acordo com depoimento obtido pela Comissão Nacional da Verdade, ligada à Presidência da República, ele estava no Doi-Codi quando Rubens Paiva foi torturado. No entanto, o general reformado prestou depoimento no ano passado e revelou que estava de férias na época. Belhan disse que não vai prestar novo depoimento à Comissão Nacional da Verdade.

Sessão Solene

A sessão solene para debater os 50 anos do golpe militar de 1964, realizada no Plenário da Câmara dos Deputados hoje (1º), foi marcada por polêmicas e encerrada antes de todos os participantes previstos discursarem. O presidente da sessão, deputado Amir Lando (PMDB-RO), decidiu encerrar o evento, após manifestantes se recusarem a virar de frente para ouvir o discurso do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), favorável ao período da ditadura militar.

A sessão solene desta terça integra uma série de eventos realizados pela Casa para relembrar os 50 anos do golpe que derrubou o governo João Goulart. Ao abrir a sessão, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), assinou o ato da Mesa Diretora que proclama 2014 como o Ano da Democracia, da Memória e do Direito à Verdade.