18/02/2014

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Guimarães defende "unidade partidária" e diz que aliança vive "tensionamento"

"PT precisa exercer protagonismo e buscar unidade necessária para consolidar a reeleição da presidenta Dilma Rousseff"Em meio à possibilidade do PMDB lançar candidatura própria para o Governo do Estado, o deputado federal José Guimarães (PT-CE) admitiu na última segunda-feira (17) que a aliança entre PT, Pros e PMDB vive momentos de "muito tensionamento". Durante a comemoração dos 34 anos do Partido dos Trabalhadores, na sede estadual do PT Ceará, o vice-presidente nacional do PT ainda pregou a "unidade partidária" e a "construção do consenso a partir do dissenso". 
 
No sábado (14), Guimarães realizou uma plenária em Sobral para discutir os investimentos públicos na Região Norte cearense. No evento, que contou com a presença do ex-ministro Leônidas Cristino (Pros), o deputado federal declarou que, em caso de rompimento da aliança no Estado do Ceará, o Partido dos Trabalhadores tenderia a se manter ao lado do candidato indicado pelo governador Cid Gomes (Pros).
 
A afirmação se baseou numa conversa que o vice-presidente nacional do PT teve com o ex-presidente Lula no final de janeiro deste ano. No encontro, que aconteceu em São Paulo, Lula teria sinalizado o interesse da presidente Dilma Rousseff em apoiar o candidato indicado pelo governador e orientado para que Guimarães se dispusesse a apresentar a candidatura para o Senado qualquer que fosse o cenário.  
 
"Cada dia é uma tensão. Tem problemas na aliança, mas o PT tem que exercer esse protagonismo e buscar construir a unidade necessária para consolidar a reeleição da presidenta Dilma Rousseff e o nosso projeto aqui no Ceará", avaliou o parlamentar que trabalha para garantir uma maioria de 2 milhões votos na reeleição de Dilma no Estado do Ceará.
 
"Dentro das incertezas eleitorais, o que temos colocado é que o mais importante é a continuidade do projeto que vem dado certo e que tem realizado mudanças profundas tanto no Brasil quanto no Ceará", completa o deputado Camilo Santana.
 
Disputa interna
 
Internamente, o Partido dos Trabalhadores vive a expectativa do encontro de tática eleitoral, que acontece no dia 29 de março. O evento define a estratégia do partido no Estado, como indicação do nome petista que irá concorrer na chapa majoritária, para governador, vice-governador ou governador, e quais as candidaturas proporcionais que serão lançadas pela legenda neste ano.
 
Com a ameça de que Eduardo Campos atinja uma ampla votação em Pernambuco, a principal missão, segundo avaliação das principais lideranças petistas cearenses, é a reeleição da presidente Dilma Rousseff com uma ampla margem de votos garantida no Estado do Ceará. Para tanto, o diretório estadual do PT defende a indicação de candidatura petista para o Senado Federal e manutenção do arco de aliança nacional.
 
"Topo qualquer parada, estou de bem com a política e com a vida. Se tiver que continuar como deputado federal, estarei com a mesma garra para ser votado e continuar defendendo intransigentementeo governo da Dilma no Congresso Nacional. Se o PT também quiser que eu cumpra outra missão, topo qualquer parada e para mim não faz diferença quem vem do lado de lá. O que tem que prevalecer são os interesses do PT", declarou Guimarães na comemoração dos 34 anos do PT.