01/10/2013
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Para Lula, Assembleia Nacional Constituinte mostrou o primado da política
Em uma cerimônia de homenagem aos 25 anos da aprovação da Constituição Federal de 1988, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lembrou que o PT era “duro na queda” e que queria um texto mais radical. Foi esse o motivo apontado por Lula para que o PT votasse contra o texto e, após a aprovação, o partido assinar o texto final. Lula foi um dos constituintes e atuou na elaboração da carta magna.
“Se nosso regimento fosse aprovado, o País seria ingovernável, porque nós éramos duros na queda”, explicou. “Votamos contra porque queríamos algo mais radical, que não foi possível”. “Assumimos o texto final porque o PT sempre teve responsabilidade com o País”, disse Lula em outro momento.
Lula também lembrou que, enquanto presidente da República, lutou para transformar em ações concretas os direitos estabelecidos pela Constituição. Entre as ações, o ex-presidente lembrou a luta contra a fome, prevista no inciso III do artigo 3º da Constituição. “Uma reforma política é necessária para aprofundarmos a democracia", cobrou.
Por último, Lula ainda alfinetou os Estados Unidos. Ele disse que a Constituição rege também a política externa brasileira e previa a integração com a América Latina. “Está na Constituição que devemos criar uma comunidade de nações latino-americanas. Está criada (referindo-se a União de Nações Sul-Americanas, a Unasul), para dissabor dos americanos”, disse.