31/08/2013

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Campanha contra médicos cubanos se utiliza de preconceito ideológi

O líder do PT na Câmara, deputado José Guimarães (CE), avalia que a campanha promovida por setores da mídia tradicional e da oposição se utiliza de preconceito ideológico e racial como forma de desqualificar o programa Mais Médicos. No início desta semana, o Sindicato dos Médicos do Ceará promoveu ato em que médicos cubanos foram chamados de escravos e houveram denúncias de agressão física na Escola de Saúde Pública do Ceará. O incidente teve repercussão no noticiário nacional.

Na contramão do que divulga a grande mídia, pesquisa divulgada pelo Ibope neste mês demonstra que 54% dos brasileiros apoiam o programa do governo federal. Além de importar mão de obra estrangeira para vagas que os médicos brasileiros não manifestaram interesse, o Mais Médicos deve construir 11 mil Unidades Básicas de Saúde (UBSs), além de recursos para reforma e ampliação das UBSs já existentes.

Em desagravo à campanha contra os médicos cubanos, Guimarães lembra que saúde pública cubana é tida como referência por organismos internacionais. A contratação de médicos cubanos por meio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas/OMC), onde Cuba afere parte dos recursos, foi definida como “justa” pelo secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho.

“Nós entendemos que é justo que o povo cubano, que se sacrificou pela formação desses médicos, tenha também a possibilidade de aferir dos rendimentos que esses médicos vão ter no país. É uma questão entre os médicos e o país”, disse Carvalho ao Correio Braziliense. O mecanismo de contratação não é exclusivo do caso brasileiro e vem sendo empregado com o aval da ONU em outros casos.