Guimarães

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Guimarães participa da reunião de líderes com a presidente

Em entrevista coletiva na noite da última segunda-feira (05), o líder do PT, deputado José Guimarães (CE), comentou a reunião da presidente Dilma Rousseff com líderes da base aliada na Câmara dos Deputados. O encontro serviu para pacificar a relação entre Executivo e Legislativo e tratar da agenda parlamentar no Congresso Nacional. “Engatamos uma primeira marcha hoje e a partir daí, engataremos todas as marchas necessárias para o trem adquirir alta velocidade no aperfeiçoamento do governo com o Congresso”, declarou o líder do PT.

A reunião durou quase três horas e marcou o retorno das atividades parlamentares após o chamado “recesso branco”, quando parlamentares trabalham durante metade do mês de julho. O tom ameno entre os dez líderes da base com a presidente foi destacado por líderes que participaram do encontro que aconteceu no Palácio do Planalto e a própria presidente minimizou as eventuais divergências. “Comigo a base não é brava”, disse. “O clima está harmônico, cooperativo e de integração”, completa a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti.

Os líderes assistiram uma apresentação do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e ouviram um apelo da presidente pela aprovação da medida provisória que trata do programa Mais Médicos, que inclui investimentos nas unidades básicas de saúde e autoriza a contratação de médicos estrangeiros para atuar no interior do Brasil e nas periferias dos grandes centros urbanos por três anos. Os médicos de outros nações só serão contratados quando não houver interesse dos companheiros de profissão brasileiros e terão que passar por um teste e serem supervisionados por instituições públicas de ensino superior brasileiras.

Pautas polêmicas, como a redistribuição dos royalties do petróleo para Educação e para Saúde, devem ser evitadas nesta semana e até que se chegue a um acordo quanto à proposta de distribuição do Fundo Social do Pré-Sal. A proposta aprovada pelo Senado Federal destina 50% dos rendimentos do fundo para Educação, enquanto setores da base aliada da Câmara defendem que 50% do total do fundo sejam destinados ao setor. O governo demonstra preocupação com a impossibilidade financeira de executar a segunda proposta.

Segundo Guimarães, ficou acertado ainda que medidas importantes serão enviadas pelo governo ao Congresso após diálogo com os líderes da base. Já os vetos presidenciais começarão a ser votados a partir do dia 20 e o orçamento impositivo deve ser adiado por mais uma semana. Dilma ainda admitiu rever a posição em relação ao veto feito à proposta de permitir que os taxistas repassem suas licenças a familiares.

“Como a largada foi dada hoje (05), nada melhor o que o entendimento para não votarmos isso [orçamento impositivo] amanhã. Uma semana a mais, uma a menos não faz diferenças. Temos muito tempo ainda. O momento é de paciência, calma. Quem estiver nervoso, toma um caldo de galinha, que não faz mal a ninguém, para a gente poder construir o entendimento com a base”, disse o líder na saída do Planalto.

(com informações das agências de notícias)