02/08/2013
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José Guimarães: Sou candidato ao melhor palanque da Dilma em 2014
O líder do PT na Câmara, deputado José Guimarães (CE), falou sobre as pretensões dele nas eleições do próximo ano durante a Plenária do Campo Democrático da Região Norte, em Sobral. Ao comentar o pedido do Campo Democrático, tendência interna do PT cearense, para que se candidate ao Senado Federal, Guimarães disse não descartar a ideia, desde que a postulação não prejudique a aliança que pode garantir uma ampla votação à presidente Dilma Rousseff no Ceará.
“Sou candidato a construir o melhor palanque da Dilma em 2014. Vamos fazer uma grande força-tarefa para manter PT, PMDB e PSB unidos na reeleição da nossa presidente, com amplo apoio dos cearenses. O papel de cada uma dessas forças nessa disputa é secundário”, comentou.
Guimarães esteve reunido com o governador Cid Gomes e tratou das recentes movimentações políticas durante a semana em que foi apresentada a pesquisa Ibope do Ceará. Segundo informou, a postulação de Eunício Oliveira ao governo estadual é acompanhada pelo Palácio da Abolição que prefere discutir a sucessão no início do próximo ano.
“O PT não precisa pedir licença para lançar candidatura a esse ou aquele cargo e é natural que cada partido lance seu nome, porque PMDB e PSB também querem ter candidato [ao governo estadual]. O que não pode acontecer é deixarmos naufragar o nosso projeto político nacional, ou faz algum sentido elegermos o próximo governador e não reelegermos a Dilma?”, questionou.
O líder admitiu que o partido vai precisar ceder em alguns Estados para não criar uma crise entre os aliados do governo da presidente Dilma e afirmou que a presença do PT no Congresso Nacional, que já conta com a maior bancada na Câmara Federal, com 90 deputados federais, já assusta algumas lideranças. Atualmente, o PMDB possui a maior bancada no Senado Federal, com 20 senadores, contra 12 do PT.
Na avaliação dele, as recentes manifestações em todo País não colocaram em cheque a reeleição da presidente Dilma Rousseff no próximo ano e, sim, a própria política brasileira atual, fato verificado durante a tentativa de invasão do Congresso Nacional por parte dos manifestantes. Daí apontar que a reforma política através do plebiscito ser a melhor maneira, junto à consolidação de políticas públicas, como a melhor saída para dar resposta às vozes das ruas.
“Eu não estou preocupado se a Dilma tem 30% ou 40% de aprovação em pesquisa. O que é importante saber é se estamos atendendo as reivindicações das ruas”, comentou. Na opinião do líder, a extensão do apoio da população à presidente poderá ser melhor avaliado no início do próximo ano.