08/07/2013

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Mais Médicos irá levar profissionais de saúde para os mais

O líder do PT na Câmara, deputado José Guimarães (CE), subiu à Tribuna da Câmara dos Deputados para elogiar a medida anunciada pela presidente Dilma Rousseff de universalizar o atendimento médicos no interior do país e nas periferias dos grandes centros urbanos. O programa Mais Médicos, lançado pela presidente nesta segunda-feira (08), juntamente aos ministros Aloízio Mercadante e Alexandre Padilha, vai aumentar em dois anos a formação de médicos no Brasil e tornar obrigatória a experiência dos futuros médicos no SUS, além de importar médicos qualificados para preencher vagas do atendimento básico de saúde onde não houver interesse dos profissionais brasileiros.

Com a alteração curricular, que ainda será definida pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), é esperada a entrada de 18 mil médicos na atenção básica em 2021 e de 36 mil por ano a partir de 2022, dos quais metade já estarão nos pronto-socorros. O programa ainda terá a criação de 11.447 novas vagas de graduação em Medicina até 2017, distribuídas em 117 municípios. Já havia sido anunciado pelos ministérios da Saúde e da Educação 12 mil novas vagas para residência médica, com 4 mil novos postos já disponíveis em 2014.

“Este programa vai revolucionar o SUS em todo Brasil, levando a universalização do atendimento público de saúde para os mais distantes rincões deste país e para as periferias dos grandes centros urbanos”, explica o líder do PT na Câmara. Segundo dados do Ministério da Saúde, serão criadas 10 mil novas vagas no Norte e Nordeste.

Durante o período adicional de experiência no Sistema Único de Saúde (SUS), os alunos, que permanecerão vinculados à faculdade e receberão bolsa custeada pelo Governo federal, terão uma autorização provisória para exercício da Medicina. Ao longo dos dois anos, o profissional terá de atuar em um serviço de atenção básica, que é capaz de resolver 80% dos problemas de saúde, e em um serviço de urgência e emergência.

A introdução do segundo ciclo vai representar aprimoramento da formação médica no Brasil, assegurando ao estudante de Medicina experiência profissional mais próxima dos pacientes. Além disso, com a alteração curricular, é esperada a entrada de 20,5 mil médicos na atenção básica em 2021.

O modelo da nova grade curricular é inspirado em países como Inglaterra e Suécia, onde os alunos precisam passar por um período de treinamento em serviço, com um registro provisório, para depois exercer a profissão com o registro definitivo. No Reino Unido, por exemplo, o programa de treinamento é projetado para dar experiência geral aos recém-formados, antes de escolher a área da medicina na qual deseja se especializar.

Ouça aqui o pronunciamento do líder do PT na Câmara.

Leia aqui sobre o Plano Nacional da Saúde.