22/05/2013

Imprimir notícia

Compartilhe esta postagem:


Eleição de brasileiro para diretor da OMC evidencia nova ordem mun

A eleição do embaixador brasileiro Roberto Azevêdo para diretoria da Organização Mundial do Comércio (OMC) evidencia o surgimento de uma nova ordem mundial, é o que acredita o líder do PT na Câmara, deputado José Guimarães. A observação foi feita durante encontro de cortesia que teve com o presidente interino da Câmara dos Deputados, André Vargas (PT-PR), e um grupo de deputados do PT, integrado pelo líder José Guimarães (CE), Geraldo Simões (BA), Jorge Bittar (RJ), Josias Gomes (BA), Valmir Assunção (PT) e Vicente Cândido (SP).

Guimarães aproveitou o encontro para sublinhar que Brasil, China e Índia tornaram-se os novos players da nova geometria política mundial nos últimos dez anos, o que antes parecia impossível. “Agora, com a eleição do embaixador brasileiro, ficou evidente que na nova ordem os players são EUA, UE , China, Brasil e Índia”, comenta o líder.

Durante o encontro, Roberto de Azevêdo agradeceu, por intermédio de André Vargas, o apoio político recebido da Câmara à sua candidatura e disse que sua escolha para dirigir a entidade mostrou, além do reconhecimento de sua candidatura, a demonstração de “ confiança e prestígio internacional por que passa o Brasil”.

“O Brasil precisa investir maciçamente em tecnologia, qualificação da mão de obra e enfrentar também questões como a reforma tributária”, pondera o deputado André Vargas sobre o desafio da indústria nacional.

RODADA DE DOHA

O embaixador Roberto de Azevêdo visitou também a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara, onde falou sobre sua eleição e as complexidades das negociações em torno da Rodada de Doha.

Questionado por parlamentares sobre de que maneira sua eleição poderá ajudar o desenvolvimento do Brasil, Azevêdo disse que como diretor da OMC não poderá pautar ações diretamente voltadas a países. “Minha atuação será isenta e envolve, por exemplo, sugestões ligadas a temas, nunca a países específicos”, disse.

Azevêdo assume o cargo em setembro e dirigirá a OMC por quatro anos, tendo como desafio principal dar prosseguimento à rodada de Doha, para a instituição de novas regras para o comércio global, além de enfrentar questões como a guerra cambial, patrocinada por países como os Estados Unidos.

Quanto à Rodada de Doha, Azevêdo disse aos parlamentares que há dificuldades, mas empenhará esforços e crê em possibilidades de avanços.