12/03/2013
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Líder do PT alerta sobre risco ao legado da comissão de direitos h
Em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (12), o líder do PT na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), esclareceu a posição do PT diante da polêmica envolvendo a escolha do presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM). “O PT fez escolhas políticas”, disse ao final da reunião dos líderes da base.
O líder fez questão de deixar claro que o PT não está contra o PSC indicar a presidência da comissão, mas que teme pelo legado construído pelo PT na CDHM. “É um direito do PSC . O que estamos ponderando é que a escolha trouxe problemas, mas isso cabe ao PSC resolver.”
Guimarães explicou a opção preferencial da bancada pelas comissões de Constituição e Justiça e Cidadania; Relações Exteriores e Defesa Nacional; e Seguridade Social e Família e Direitos Humanos. “Quando o PT discutiu a matéria, o partido tinha a certeza de que ficaria com quatro comissões, somente depois veio a informação que seriam apenas três comissões”, contextualizou.
O partido, que detêm a maior bancada da Câmara Federal, teria direito a mais um colegiado pelo critério proporcionalidade partidária. No entanto, a presidência da comissão de Direitos Humanos coube ao PC do B ou ao PSC. “O PT não abdicou da indicação, o PT respeitou a proporcionalidade estabelecida” enfatizou.
Para o líder, o que o PT pondera é que não se pode indicar um presidente que traga transtornos e que tenha posições radicalmente opostas aquilo que é a comissão, que é sua história e seu legado pelos direitos humanos.
Guimarães lembrou que a bancada já alertara ao presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), para que a comissão escolhesse um nome que tivesse vínculo com a luta dos direitos humanos na Casa.
“Não é justo e não pode ser atribuído ao PT o desprezo pela comissão. Se tem um partido que está lutando para buscar uma alternativa que viabilize o funcionamento da comissão de direitos humanos, esse partido é o PT”, afirmou Guimarães.
REPERCUSSÃO
Na tarde desta terça (12)1, a bancada do PSC na Câmara irá se reunir para avaliar a repercussão da escolha de Feliciano para a comissão voltada para as minorias. O líder da legenda, deputado André Moura (SE), contudo, nega que o PSC avalie a eventual substituição do pastor de São Paulo.
“Temos de fazer uma avaliação, tanto das manifestações contrárias quanto das favoráveis à permanência do pastor Marco Feliciano. Estamos acompanhando todas elas”, ressaltou.
Simultanemente ao encontro do PSC, um grupo de militantes de direitos humanos convocou mais um ato para protestar contra e eleição de Feliciano para o colegiado. A manifestação deverá ocorrer no salão verde da Câmara, às 14h.
(com agências de notícias e PT na Câmara)