21/02/2013

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"Não tivemos medo de ser felizes", afirma líder do PT na

Em 10 anos de mudança, o Partido dos Trabalhadores não apenas promoveu a justiça social, fortalecendo os programas de transferência de renda e a inclusão produtiva, mas também deixou de ter um papel subalterno na política internacional. A avaliação é do líder do PT na Câmara Federal, deputado José Guimarães (CE). “Mas, lamentavelmente, há um arraigado preconceito de classe contra o PT, que vem de setores da mídia e do empresariado avesso à democracia”, comenta.

“Em todas as áreas somos vitoriosos: crescimento econômico superlativo, saldo expressivo na balança comercial, índice de desemprego o mais baixo de nossa história. Implementamos um sistema de combate implacável à corrupção e temos o melhor sistema de transparência pública do mundo”, analisa.

Ao assumir o governo federal, em 2003, no entanto, o País era outro. Havia crise econômica, desemprego, inflação, apagão elétrico e uma política externa subalterna. Neste cenário, em que o DEM (ex-PFL) e PSDB governavam, o governo se diluía dentro do aparelho burocrático e grande parte da população brasileira vivia abaixo da linha da pobreza. “O PT se manteve fiel ao seu programa, aos princípios e ao socialismo democrático. Quarenta milhões de brasileiros saíram das classes D e E para a C e, em 2014, erradicaremos a extrema pobreza”, garante.

Por todas essas conquistas, na opinião do líder do PT, a legenda é a mais querida da população brasileira, mesmo contra o ataque da mídia e dos setores conservadores da sociedade. “Os reacionários diziam que iam eliminar o PT, não conseguiram e foram e têm sido derrotados nas urnas. Eles não engolem o nosso sucesso. Tivemos o primeiro presidente operário na Presidência da República, a primeira mulher e, hoje, temos a maior bancada e fomos o partido mais votado nas eleições municipais de 2012, com a eleição de quase 700 prefeitos”, comemora.

Na opinião de Guimarães, ainda é preciso avançar mais, especialmente no que tange a regulamentação da mídia e nas reformas do Estado, incluindo as reformas do Judiciário, a desburocratização do Executivo, a reforma tributária e a política. “Não é desejo unilateral do PT acabar com a imprensa, como certa mídia, oposição e colunistas alardeiam de forma desonesta. Nascemos defendo a liberdade de expressão e precisamos regulamentá-la. Queremos a pluralidade. Não pode haver monopólios, oligopólios e propriedade na área de comunicação social. Nos EUA e na Europa isso não ocorre”, lembra.

Por fim, o líder do PT lembra que em 10 anos de governo, o PT zerou a dívida externa e a relação dívida interna/ PIB caiu de 60% para 35%, além da taxas de juros permanecer num dos menores da história nacional. “Em dez anos, tranformamos profundamente, para melhor o Brasil. Não tivemos medo de ser felizes”, conclui.

Leia na íntegra a entrevista para o site PT na Câmara:

PT NA CÂMARA - Em sua opinião, quais os principais avanços do País neste dez anos de PT no governo?

LÍDER DO PT - Há muito o que comemorar. Assumimos o governo em 2003, com um país em crise econômica, legado do governo do PSDB/DEM (ex-PFL). Havia desemprego, inflação, apagão elétrico e uma política externa subalterna. Vencemos os problemas, com uma façanha histórica: crescer com distribuição de renda. Criamos e implementamos políticas estruturantes que deram outra feição ao País. Outro desafio foi o de manter o PT fiel ao seu programa , aos seus princípios e ao socialismo democrático, sem se diluir no aparelho de Estado. Fizemos uma composição com outros partidos, mas mantivemos nossa identidade. Mas há uma elite no País que ainda não aceitou a convivência democrática com um partido como o PT, um partido nacional, que pertence ao povo brasileiro. É peça central da democracia brasileira. Em dez anos, transformamos profundamente, para melhor , o Brasil. Não tivemos medo de ser felizes.

PT NA CÂMARA - Os avanços são extraordinários, mas setores da mídia e das elites parecem que não gostam das conquistas…

LÍDER DO PT - Em todas as áreas somos vitoriosos: crescimento econômico superlativo, saldo expressivo na balança comercial, índice de desemprego o mais baixo de nossa história. Implementamos um sistema de combate implacável à corrupção e temos o melhor sistema de transparência pública do mundo. Criamos uma política permanente de valorização do salário mínimo. Quarenta milhões de brasileiros saíram das classes D e E para a C, estamos consolidando um país de classe média.

Em 2014, vamos erradicar a extrema pobreza. Um salto enorme. Mas, lamentavelmente, há um arraigado preconceito de classe contra o PT , que vem de setores da mídia e do empresariado avessos à democracia. Qualquer coisa contra um petista – seja justo ou não, verdadeiro ou não - toma dimensão nacional, mas quando envolve outro partido, nem sai nos jornais.

PT NA CÂMARA - Mas a população mostra nas urnas o seu apoio ao PT…

LÍDER DO PT - O PT é o partido mais querido da população, conforme mostram as pesquisas. Construímos um instrumental e um conjunto de políticas públicas que conseguem superar as adversidades alimentadas dia e noite contra nós. Os resultados concretos obtidos nestes dez anos mostram a competência do PT para a construção de um país desenvolvido, justo e solidário. Temos partido de militância de massas, com bases sólidas. Temos a maior liderança política do Brasil, que é o ex-presidente Lula. Nossa força mede-se por exemplo, na participação, em 2005, de mais de 300 mil filiados que foram às urnas para escolher a nova direção do PT. Os reacionárias diziam que iam “eliminar” o PT, não conseguiram e foram e têm sido derrotados nas urnas. Eles não engolem o nosso sucesso. Tivemos o primeiro presidente operário, a primeira mulher; hoje temos a maior bancada e fomos o partido mais votados nas eleições municipais de 2012, com a eleição de quase 700 prefeitos.

PT NA CÂMARA - Qual a agenda para o Brasil continuar avançando ?

LÍDER DO PT - Precisamos avançar em várias áreas. A questão da regulamentação das comunicações, por exemplo, é para aprofundar a democracia. Não é desejo unilateral do PT acabar com imprensa, como certa mídia , oposição e certos colunistas alardeiam de forma desonesta. Nascemos defendendo a liberdade de imprensa e expressão, mas precisamos regulamentar. Não é para penalizar ninguém ou impedir liberdade de opinião. É justamente ampliar o acesso à comunicação, com mais empresas atuando no setor. Queremos a pluralidade. Não pode haver monopólios, oligopólios e propriedade cruzada na área de comunicação. Nos EUA e na Europa isso não ocorre.

É preciso uma reforma do Estado, que inclua o Judiciário e medidas que permitam mais velocidade nos processos para o desenvolvimento nacional, com reforço dos controles para evitar desvios e malfeitos. O Brasil caminha bem — economia cresce, mas há travas nas instituições. Como diz Lula, máquina pública foi feita para Brasil não funcionar. Precisamos de transparência total, como o PT garantiu, mas precisamos fazer com que a máquina funcione. O Brasil precisa de instituições ágeis e modernas, para facilitar o desenvolvimento. Um Estado para servir à população. Precisamos também, urgentemente, de uma reforma política e outra tributária.

PT NA CÂMARA - Rompemos com o modelo neoliberal e inovamos a política externa….

LÍDER DO PT - Houve o fortalecimento do Mercosul, construção do G20. Reforçamos nossa soberania e construímos uma politica externa baseada em nossos interesses nacionais e em nossa soberania, sem nos submetermos aos interesses dos EUA ou a outra potência. Sepultamos a Alca. O Brasil passou a ser respeitado nos foros internacionais. Rompemos com o modelo neoliberal da época de FHC. Graças a isso, zeramos a dívida externa, a relação dívida interna/PIB caiu de 60% para 35%, a taxa de juros caiu para os menores níveis da história. Está em curso um processo global de transformação. Em 10 anos, já deixamos um legado muito forte para as novas gerações.