21/05/2012
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Educação cearense é exemplo nacional, afirma ministro Merca
O Governo do Estado do Ceará divulgou, na manhã desta segunda-feira (21), os números do Programa Alfabetização na Idade Certa (PAIC). O evento, que contou a presença do governador Cid Gomes e do vice-líder do governo Dilma na Câmara, deputado Jose Guimarães (PT-CE), apontou que 178 dos 184 municípios cearenses atingiram média "desejável" na prova do Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica (Spaece), elaborada pela Universidade de Juiz de Fora e aplicada em 2011.
Pelo levantamento, 244.785 alunos do 2o e 5o ano do ensino fundamental de 4.519 escolas públicas participaram da avaliação externa da Secretaria de Educação estadual (Seduc). Os resultados possibilitam a construção de um indicador das habilidades de leitura dos estudantes do 2o ano, o IDE-ALFA, em relação aos do 5o, o IDE-5, que expressa o desempenho das escolas públicas em Língua Portuguesa e Matemática. Ambos fornecem propostas de aplicação das políticas públicas e distribuição dos recursos federais.
Para o ministro Aloísio Mercadante (Educação), que também participou da solenidade no Cambeba, o resultado, divulgado hoje, põe o Ceará como destaque nacional no que se trata em educação na primeira infância. "A desigualdade [social] nasce no berço, mas começa na escola, porque é lá onde alguns tem a possibilidade de receber uma boa educação, e outros não", destacou.
"Dizem que político não gosta de investir em saneamento básico porque não tem a placa para população ver a obra do governo, e nem educação, porque o resultado só aparece a longo prazo", lembra Cid Gomes. "Mas as escolas dos 184 municípios que participam conosco desta solenidade são prova de que investir em educação vale, sim, à pena para o futuro deste Estado", completa. Segundo o governador, em 2007, primeiro ano do primeiro mandato dele, metade das crianças do 2o ano não sabia ler e nem escrever.
"Revolução"
Para o deputado José Guimarães, o governo estadual está "patrocinando uma revolução na Educação do Ceará". Segundo defende, o PAIC "visa fundamentalmente levar toda criança, de 0 a 7 anos, a ler e escrever, e escrever bem e ler bem". "[O PAIC] É um sistema que possibilita que nosso Estado, que ainda possui um déficit grande na afalbetização possa ostentar a nível nacional um dos melhores índices para primeira infância", destacou.
Na última avaliação, a média estadual dos estudantes do 2o ano cresceu de 162,2 pontos para 177,1, ambos resultados na linha do "desejável". A análise demonstra que 81,5% dos estudantes se encontram alfabetizados ao final da série, enquanto o índice era de apenas 40% em 2007.
Quanto aos resultados do 5o ano, em 2010, apenas um município apresentava o nível adequado em Língua Portuguesa e Matemática. Em 2011, esse resultado foi ampliado para 12 municípios com a proeficiência nas duas matérias.
Os resultados, na opinião do parlamentar, demonstram que a atuação estadual trata-se de um "verdadeiro mutirão, que une governo federal, estadual e governos municipais na maior tarefa de qualquer gestor público: criar as condições para melhorar a educação". Para ele, a aplicação de metas para Educação é algo positivo, assim como a mobilização de agentes públicos e professores na luta por melhores condições de ensino e melhores índices das escolas públicas.
Brasil
Em seu discurso, o ministro da Educação ainda destacou o novo programa do governo federal que tem entre os eixos de ação o aumento dos repasses federais para as creches públicas e a abertura de vagas para novos alunos, o Brasil Carinhoso. Segundo informou, crianças que são estimuladas desde cedo chegam aos oito anos de idade com o aprendizado de até 12 mil palavras, enquanto aquelas que não tiveram o devido estímulo alcançam o domínio de apenas 4 mil.
Mercadante ainda afirmou que o governo Dilma deve alcançar a meta de 8 milhões de alunos matriculados no ensino técnico e que serão investidos R$ 2 bilhões na criação de 61 centros de formação do SENAI. Por fim, o ministro da Educação destacou que estão sendo ofertadas 20 mil bolsas pelo programa Ciência Sem Fronteiras, do governo federal. "Serão os melhores estudantes das universidade públicas brasileiras nas melhores universidades do mundo", disse.