01/11/2011

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Crédito para famílias agricultoras quintuplica nas oito últ

O vice-líder do governo Dilma na Câmara, deputado José Guimarães (PT/CE) apresentou, nesta terça-feira (01), os números do crescimento do crédito e da melhoria da distribuição de renda no meio rural entre 2002 e 2010. De acordo com os números do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Dieese, o crédito para famílias agricultoras, no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), passou de R$ 2,3 bilhões para R$ 11,9 bilhões, representando um aumento de mais de 500%.

De acordo com os dois órgãos, a evolução dos valores foi maior do que a do número de contratos, que passou de 904 mil para 1,6 milhão, representando um crescimento de 78%. “As condições de financiamento oferecidas aos agricultores familiares são extremamente favoráveis ao fortalecimento desta atividade: prazo de até dez anos, com até três anos de carência e juros de apenas 2% ao ano”, comenta o deputado José Guimarães.

O relatório ainda registra que, além da evolução da demanda no mercado, houve também aumento da produção em meio ao aumento do consumo nacional e a ampliação dos preços internacionais. “No caso do arroz, a produção nacional cresceu 24,2%, passando de 10,1 milhões de toneladas em 2001 para 12,6 milhões em 2009. Já no caso da produção de feijão houve um incremento de 42,1% no período, passando de 2,4 milhões para 3,4 milhões”, apresentou o parlamentar.

Renda familiar

Para o deputado José Guimarães, o maior destaque do relatório Estatísticas do Meio Rural 2011 é o aumento da renda das famílias agricultoras, que é maior do que o das famílias proprietárias da agricultura patronal. Segundo o relatório, o primeiro grupo registrou um crescimento de 31,7%, passando de R$ 1.138 para R$ 1.499; enquanto o segundo teve um incremento 7,6%, de R$ 9.737 para R$ 10.477.

No caso da renda dos assalariados houve alta de 38%, de R$ 703 para R$1.094. Enquanto isso, a renda das famílias de empregadores e trabalhadores por conta-própria não-agrícolas (comerciantes, por exemplo), mas com residência rural, também passou de R$ 1.230 para R$ 1.526, acréscimo de 24,1%.

“[Os dados] Ajudam a entender porque não temos mais de conviver com invasões e saques em períodos de estiagem ou com o famigerado fenômeno do êxodo rural, que inchou as cidades, promovendo caos o urbano que ainda inviabiliza muitas de nossas capitais”, argumenta José Guimarães. “Elas [as famílias] agora têm a oportunidade de não apenas sobreviver, mas viver com qualidade e dignidade, dependendo apenas do seu trabalho e capacidade de realização”, conclui.