14/06/2011

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Indicação do novo presidente do BNB foi “parceria fina” PT e Cid G

Em entrevista ao portal “Política Real”, o vice-líder do governo Dilma na Câmara, deputado José Guimarães, comentou a posse do novo presidente do BNB, Jurandir Santiago, as expectativas para a nova gestão da instituição e temas da agenda do Congresso Nacional, como reforma tributária. Leia a íntegra:

 

Indicação do novo presidente do BNB foi uma “parceria fina” entre o PT e Cid Gomes, afirma José Guimarães

“Quem indicou o Jurandir foi o PT e portanto, nós achamos que fizemos a melhor escolha. Parceria fina entre o PT e o governador Cid Gomes”. A declaração foi feita pelo deputado José Guimarães (PT-CE), vice-líder na Câmara, após o término da cerimônia de posse do novo presidente do BNB (Banco do Nordeste do Brasil), Jurandir Santiago, das 11h45 às 12h15, no gabinete do ministro da Fazenda, Guido Mantega, em Brasília.
O petista Guimarães falou ainda a reportagem da Agência Política Real que até o 2º semestre deste ano, o Congresso Nacional votará a reforma tributaria, onde ressaltou que o PT apoiará a condução do processo se feita pelo ministro Mantega. Para ele, a equalização da cobrança do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) entre os Estados é de fundamental importância.

Guimarães informou ainda que a “Carta de Fortaleza”, documento produzido pelo encontro dos governadores do Nordeste na última sexta-feira, 10, será entregue ainda hoje pelos governadores da região ao ministro Mantega. Como informado pela Agência na data de ontem, 13, os governadores Cid Gomes e Marcelo Deda, escolhidos como interlocutores pelos demais governadores, entregariam a “Carta de Fortaleza” durante a posse de Santiago. Porém, nenhum dos dois governadores compareceram a cerimônia de posse.

A seguir a Agência Política Real publica a pequena entrevista concedida pelo petista Guimarães a nossa reportagem.

Política Real: Vai haver mudança na política praticada pelo BNB com a mudança de presidente?
José Guimarães: Não. Veja bem, quem tem que falar é o presidente. Mas na solenidade, o ministro Guido ressaltou bem a importância do Banco do Nordeste para a região, o significado de investimento que passaram de 2003 a 2010 para R$ 21 bilhões, o ministro mesmo falou que tem que dar continuidade a esse legado vitorioso e fazer novos investimentos. O Banco do Nordeste é de fato um grande instrumento de desenvolvimento regional e particularmente da região Nordeste. Por isso, nós estamos firmes e entendemos que a escolha de Jurandir foi uma construção política. Nós nos sentimos vitoriosos, do Ceará, do PT, o governador pela bela escolha para presidir os destinos do banco nos próximos quatro anos.

Política Real: Então, o PT participou da escolha?
José Guimarães: O PT participou ativamente, evidente, eu – inclusive como vice-líder – participei ativamente.

Política Real: O PT avalizou?
José Guimarães: Não, não foi nem avalizou. Nós indicamos. Quem indicou o Jurandir foi o PT e portanto, nós achamos que fizemos a melhor escolha. Parceria fina entre o PT e o governador Cid Gomes.

Política Real: O STF decidiu por fim a guerra fiscal entre os Estados. Nesta conjuntura, como ficam os Estados da região Nordeste?
José Guimarães: Olha, veja bem, não é uma discussão entre governadores. Os governadores e o ministro da Fazenda (estão tratando) sobre a questão da reforma tributária. Eu acho que a decisão do STF prejudica sobremaneira os Estados nordestinos. Os governadores reunidos em Fortaleza, na última sexta-feira (10) tiraram um conjunto de ação junto ao STF, para discutir com o STF, e sobretudo, com o ministro da Fazenda. Hoje ainda, entregam uma carta ao ministro da Fazenda dos governadores e há de se constituir um entendimento para se fazer a reforma tributária no nosso País.

Política Real: A reforma tributária será fatiada ou num pacote só?
José Guimarães: Eu acredito que será num panorama entre as comissões do Congresso. Quem conduz isso é o ministro da Fazenda, qualquer que seja o caminho, ou fatiada ou integrada, eu acho que há a necessidade de se fazer a reforma tributária. Esse é o sentimento da Casa (legislativo).

Política Real: Vai se fazer esta reforma ainda neste ano?
José Guimarães: Sim. Acho que sim, no 2º semestre. A nossa ideia é fazer no 2º semestre. Nós temos tempo suficiente para colocar em discussão e aprovar as melhores propostas de reforma tributária. Sobretudo para equalizar o ICMS, se acabar com a guerra fiscal, e outras linhas definidas pelo ministro da Fazenda.

Fonte: Política Real