01/06/2011
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"A oposição quer ganhar no tapetão", afirma vice-
A convocação do ministro-chefe da Casa Civil, Antônio Palocci, pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural repercutiu, durante a manhã desta quarta-feira (01), em várias comissões da Câmara dos Deputados. Na Comissão de Finanças e Tributação (CFT), o deputado federal Pauderney Avelino (DEM /AM) buscou aprovar o Requerimento No. 36 /11, que também pedia a convocação do ministro.
O requerimento do demista, segundo o próprio texto, solicitava "a convocação do Ministro-Chefe da Casa Civil, Sr. Antonio Palocci Filho, para explicar a vultosa evolução patrimonial de seus bens - no período de quatro anos - objeto de denúncia veiculada pelo jornal Folha de São Paulo". No entanto, o pedido foi rejeitado, alcançando apenas dois votos a favor: o do deputado Pauderney e o de Carmen Zanotto (PPS /SC), também autora de requerimento similar (Requerimento No. 40 /11).
"O que houve na Comissão de Agricultura não foi a aprovação de um requerimento. Foi uma manobra do presidente [deputado Lira Maia] e esta questão vai para o Plenário", informou o vice-líder do governo, o deputado federal José Guimarães (PT /CE). "O governo tinha maioria na Comissão de Agricultura para derrubar o requerimento e , no entanto, o presidente se utilizou de uma manobra para aprovar a convocação do ministro", rebateu.
A data da audiência com Palocci, naquela comissão, ainda não foi definida. Como o presidente da Comissão de Agricultura, o deputado federal Lira Maia (DEM /PA), anunciou o final da audiência após aprovação do requerimento é provável que a medida seja questionada pelo presidente da Câmara dos Deputados, o deputado Marco Maia. No entanto, o peso político em anular uma decisão da comissão seria grande.
Entenda a notícia
No final da manhã desta quarta-feira (01), a Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, presidida pelo deputado federal Lira Maia (DEM /PA) teria aprovado o requerimento No. 58 /11, de autoria do deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS). A aprovação, no entanto, é avaliada como "oportunista" e "ditatorial" pela base governista.
Após perguntar "aqueles que aprovam este requerimento permaneçam como estão", segundo o deputado Bohn Gass (PT /RS), o presidente Lira Maia teria interpretado errado o resultado da votação. "O presidente anunciou um resultado ao contrário. Ninguém dormiu, todos nós votamos e a manifestação majoritária foi contra", disse Bohn Gass.