27/01/2011
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Economia cearense cresce 8,43% e supera média nacional
O Instituto de Pesquisas Cearense (Ipece) divulgou, na última terça-feira (27), o resultado do crescimento da economia cearense no penúltimo trimestre de 2010. Segundo o resultado, que se encontra disponível na internet, o Produto Interno Bruto (PIB) cearense cresceu 8,43%, superando a média nacional, de 6,7%.
Na comparação da economia cearense e brasileira pelo Valor Adicionado a preços básicos, ou seja, sem a inclusão dos impostos, a taxa de crescimento do Ceará foi 7,58%, maior que a do Brasil, 5,9%. O mesmo comportamento foi verificado na comparação do PIB cearense e brasileiro no acumulado ao longo do ano de 2010, as taxas foram de 8,67% e 8,4%, respectivamente.
O destaque especial ficou nos setores da indústria e serviços, que cresceram 14,73% e 8,11%, respectivamente; contra o crescimento nacional de 8,3% e 4,9% nos dois setores. A agricultura, em decorrência do período de estiagem, sofreu um decréscimo 13,06%, contra saldo de positivo 7,0% nacional.
Indústria
A indústria foi o setor da economia que mais se desenvolveu em 2010, tanto nacionalmente quanto regionalmente. No Ceará, o crescimento no terceiro semestre foi alavancado pelos setores da construção civil, movida pelas obras governamentais e financiamentos imobiliários federais, e a indústria da transformação
Para se ter uma idéia, a construção civil registrou um acréscimo 11,53% no terceiro trimestre do ano e computou um saldo positivo de 15.638 postos de trabalho. A distribuição e produção de Energia, Gás, Água, Esgoto cresceu 17,72% no mesmo período, influenciada pelo aumento do consumo de energia elétrica e água, em todas as categorias (industrial, comercial, residencial e rural).
A Indústria de Transformação, em recuperação a pouco menos de um ano e meio, registrou no terceiro trimestre um crescimento de 15,66%. O resultado é corroborado pela produção industrial pesquisada pelo IBGE (PIM-PF), que acumulou, no trimestre registrou um aumento de 11,5%, influenciado pela produção de alimentos e bebidas (20,1%); minerais não-metálicos (10,8%) e calçados (7,9%), para citar as principais.
Agricultura
O resultado negativo do setor agropecuário foi vinculado pelo Ipece como uma decorrência da quebra da safra dos principais grãos: milho (-68,7%), feijão (-36%) e arroz (-31,5%), que responderam por mais 90% da queda na área. Houve ainda queda na produção da castanha (-61,3%); na produção de aves (-2%) e na produção de ovos (-10%). A produção de leite teve acréscimo de 14,3% e a venda de carne de suínos de 19,7%.
A taxa só não foi mais negativa em virtude da produção positiva de algumas frutas, proveniente de áreas irrigadas. A ocorrência de chuvas irregulares, caídas nas zonas produtoras, foi uma das causas para o resultado negativo da Agropecuária, ao longo do ano de 2010.
Vale lembrar que apesar da Agropecuária participar com apenas 7,1% (posição de 2008) para a formação da economia estadual, exerce influência em outras atividades, no que se refere a matéria-prima. Além disso, geralmente suas taxas são elevadas, negativamente ou positivamente, o que acaba influenciando na taxa global da economia estadual.