21/01/2011

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Reforma política e tributária ganham força no Congresso

Eterno compromisso realizado apenas de forma pontual, finalmente dá sinais que pode ser realizada. De acordo com uma pesquisa espontânea do Instituto FSB, cujo conteúdo foi obtido pelo Congresso em Foco, 66% dos parlamentares estabeleceram a reforma política como tema prioritário de votação no primeiro semestre e 49% escolheram a reforma tributária, em sintonia com a presidente Dilma Rousseff (PT).

"Na política, é tarefa indeclinável e urgente uma reforma com mudanças na legislação para fazer avançar nossa jovem democracia, fortalecer o sentido programático dos partidos e aperfeiçoar as instituições, restaurando valores e dando mais transparência ao conjunto da atividade pública", declarou a presidenta durante a posse. Ainda na espontânea, o Código Florestal ficou em terceiro (20%) e aprovação da PEC 300, que estabelece o piso salarial dos policiais militares e bombeiros, em quarto (7%).

A pesquisa estimulada, quando o pesquisador pergunta a partir de uma lista previamente selecionada, indicou que 87% apontaram a reforma política como prioridade e 78% a reforma tributária. O Código Florestal ficou em terceiro, com 20%.

No caso da reforma tributária, a redução da carga tributária brasileira seria uma opção 71% dos deputados ouvidos e 70% dos senadores, algo que segundo os parlamentares precisa acontecer urgentemente. Para 18% dos deputados e 21% dos senadores, a carga tributária deve ser mantida nos níveis atuais.

CPMF

A aprovação da CPMF, mesmo que sob um novo nome, precisa se cercar de cuidados se Dilma decidir levar a frente a intenção. Uma criação de uma Contribuição Social para a Saúde, que substituiria a finada CPMF não tem o apoio dos parlamentares. Cinquenta e seis por cento dos deputados são contrários a ela, e 52% dos senadores, também.

A situação é diferente, embora com percentuais apertados, quando se trata de criar, dentro das regras que estão sendo discutidas para o pré-sal, uma compensação financeira para a exploração mineral (CFEM). Os deputados declaram-se a favor (32%), e os senadores são contra (36%).

Mídia

Mesmo com o crescimento do acesso dos parlamentares à rede mundial de computadores, os jornais impressos ainda são a principal fonte de informação de deputados e senadores (62%). O aumento foi de 6% em relação à mesma pesquisa realizada no ano passado, e queda de 8% em relação a 2008, primeiro ano da pesquisa.

Em 2008, 12% dos parlamentares disseram se informar pela rede de computadores. O percentual aumentou 2009, 17%; continuou a crescer em 2010, 26%; e agora caiu para 23%. A televisão, porém, mantém-se em queda como fonte de informação. Em 2008, equiparava-se à internet (12%). Em 2009, ia a 13%. Em 2010, nova queda para 11%, e agora o percentual foi de 9%.

O jornal mais citado pelos parlamentares é a Folha de S. Paulo (70%). Em segundo lugar, O Globo, com 33%. Na internet, a principal fonte de informações é o portal UOL, seguido perlo portal G1. Segundo a pesquisa do instituto FSP, a maioria dos parlamentares considera muito importante (43%) ou importante (42%) a mídia na formação da sua opinião política.

A pesquisa do Instituto FSB foi realizada entre os dias 6 e 17 de dezembro do ano passado. Duzentos e quatro (60%) políticos foram ouvidos pelo telefone, e 136 (40%) foram entrevistados pessoalmente. Foram ouvidos 12 senadores com mandato até 2015, 16 senadores novos e cinco reeleitos, representando 41% do total.

Na Câmara, foram ouvidos 126 deputados novos e 181 reeleitos, formando 60% do total. Representantes de todos os partidos com representação no Congresso e de todos os estados foram ouvidos.A margem de erro da pesquisa é de 3,5 pontos percentuais.