01/12/2009

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Guimarães: Governo brasileiro não deve reconhecer eleiç&oti

O deputado José Guimarães (PT-CE), vice-líder da bancada do PT na Câmara, subiu na tribuna da Câmara nesta terça-feira (1º) para defender a posição do governo brasileiro de não reconhecer as eleições ocorridas em Honduras neste domingo (29). Segundo o parlamentar, as eleições ocorridas em Honduras são ilegítimas, uma vez que todo o processo eleitoral foi convocado e coordenado por um governo golpista.


“Quero registrar que me associo à posição do Governo brasileiro quanto à posição corajosa do Itamaraty de não reconhecer a farsa eleitoral que foi montada em Honduras. Foi uma votação ilegítima resultante de uma crise institucional naquele País que não pode ser reconhecida como democrática”, discursou Guimarães. O parlamentar criticou o apoio dos Estados Unidos ao governo golpista e disse que outras nações deveriam seguir o exemplo do Brasil

Veto mantido - Ao chegar para a 19ª Cúpula Ibero-Americana, na cidade de Estoril, em Portugal, nesta segunda-feira (30), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o país não voltará atrás e ressaltou que legitimar o resultado eleitoral hondurenho pode abrir um grave precedente na América Latina. "O Brasil não tem por que repensar a questão de Honduras. É importante ficar claro que a gente precisa, de vez em quando, firmar convicção sobre as coisas, porque isso serve de alerta para outros aventureiros", disse o presidente.


Lula considerou "um sinal perigoso e delicado" o fato de os golpistas não terem permitido que Zelaya voltasse ao poder para coordenar o processo eleitoral. "Ainda existem muitos países, sobretudo da América Central, em situação de vulnerabilidade política. Portanto, o Brasil não tem que reconhecer nem repensar a questão de Honduras", afirmou.


O presidente Manuel Zelaya foi tirado do poder em 28 de junho por um golpe de Estado. Cerca de três meses depois, ao retornar clandestinamente a Tegucigalpa, recebeu abrigo na embaixada brasileira, onde permanecerá até que sua segurança seja assegurada, afirmou o presidente.


Assessoria de Comunicação Social