06/10/2009
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Enterro de restos mortais do guerrilheiro Bergson é marcado por forte co
O deputado José Guimarães (PT-CE) afirmou a pouco que a cerimônia de homenagem e enterro dos restos mortais do guerrilheiro cearense Bergson Gurjão Farias, ex-militante do Partido Comunista do Brasil (PC do B), foi tomado por forte emoção e resgate histórico. Os restos mortais do guerrilheiro, morto há 37 anos na Guerrilha do Araguaia (1967-1972), foram enterrados no fim da tarde desta terça-feira (6), no cemitério Parque da Paz.
“Foi um ato recheado de emoção e de regate histórico. Na verdade, este momento solene se transformou em um ato político de dimensão nacional, uma vez que o guerrilheiro Gurjão participou de um movimento de caráter nacional”, afirmou Guimarães. De acordo com o parlamentar, o enterro do guerrilheiro ascende uma chama de esperança para os familiares dos 140 desaparecidos políticos do País. “Não se trata de revanche, mas sim de um direito. Os familiares dos desaparecidos lutam por uma causa justa que o direito de enterrar os restos de seus familiares e de conhecer a verdadeira história sobre o seu desaparecimento” defendeu Guimarães.
Participaram das cerimônias, ocorridas na UFC e no cemitério, a mãe, dona Luiza, de 94anos, parentes, o ministro Paulo Vannuchi, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, o governador Cid Gomes, e a prefeita Luizianne Lins, deputado federal José Genoíno (PT-SP) e o vice-governador Francisco Pinheiro.
Bergson
De acordo com o deputado federal José Genoíno (PT-SP), também ex-ativista do PC do B e guerrilheiro no Araguaia, Bergson “foi morto em combate”, após ferir um capitão do Exército. Genoíno e Bergson (ex-estudante de química) foram colegas no Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal do Ceará em 1967. Um memorial em homenagem a Bergson será inaugurado na Concha Acústica, no bairro Benfica.
A identificação dos restos mortais de Bergson, por meio de exame de DNA de ossada recolhida em 1996 em Xambioá (TO), foi anunciada em julho deste ano. O desaparecimento ocorreu entre maio e junho de 1972. O Brasil ainda tem cerca de 140 pessoas desaparecidas durante a ditadura militar (1964-1985). No Ceará, a Caravana da Anistia analisa 81 processos de pessoas perseguidas politicamente naquele período.
Assessoria Parlamentar com O Povo