18/09/2009
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Ministro de Minas e Energia prevê que Brasil vai exportar petróleo
O Brasil vai exportar 1 milhão de barris de petróleo por dia a partir de 2017 com a exploração das reservas do pré-sal. As novas descobertas da Petrobras vão garantir ao País, em apenas oito anos, uma produção diária de 3,6 milhões de barris de petróleo e gás - um volume 80% superior à taxa de 2 milhões de barris produzidos atualmente. A expectativa é do ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, que participou de audiência pública na Câmara na última quarta-feira (16).
Segundo Edison Lobão, o Brasil está se preparando para ser um "fornecedor confiável" de petróleo para o resto do mundo.
Os blocos já descobertos na área do pré-sal elevam as reservas do Brasil de 14 para 30 bilhões de barris, o que posiciona o País entre os dez maiores detentores de petróleo no mundo. O volume é suficiente para suprir a demanda energética brasileira pelos próximos 40 ou 50 anos.
O deputado José Guimarães (PT-CE), autor do requerimento para a audiência na Comissão de Desenvolvimento Econômico, defende que os recursos do pré-sal sejam distribuídos de acordo com as diferenças entre as regiões do País. "É preciso levar em conta as disparidades regionais. O Brasil não pode pensar em fazer inclusão cultural, social e econômica se não considerar a situação de algumas regiões, como o Nordeste brasileiro", afirmou.
Guimarães é autor de uma emenda que assegura tratamento prioritário e diferenciado dos recursos do pré-sal às regiões menos desenvolvidas. A proposta é assinada em conjunto com líder do PT na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (SP). Durante a reunião da comissão especial que analisa o Fundo Social do pré-sal, o deputado Luiz Alberto (PT-BA) classificou as novas jazidas como "uma conquista do povo brasileiro". Ele destacou a importância os profissionais da Petrobras na descoberta dos novos poços.
Partilha - Edison Lobão defendeu o regime de partilha para a exploração dos blocos ainda não-licitados do pré-sal. Dos 24 maiores produtores de petróleo do mundo, 16 adotam o regime de partilha, 6 utilizam o sistema de concessão - entre eles, o Brasil - e 2 usam um modelo misto. "Cerca de 80% de toda a produção mundial de petróleo está submetida ao regime de partilha.
Por ser proprietário do óleo, o governo exerce melhor gerenciamento da produção", explicou o ministro.
Lobão destacou que a Petrobras tem "conhecimento estratégico" para ser o operador único das reservas do pré-sal. O marco regulatório proposto pelo Poder Executivo prevê que a companhia atuará na exploração de todas as novas jazidas, com uma participação mínima de 30%. "É dever do Brasil cuidar para que o conhecimento estratégico se mantenha em poder do País, não em poder de outras nações. Daí porque a Petrobras ser operador único nessas reservas estratégicas", explicou.
Agência Informes