14/08/2009
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Maior participação do Nordeste no PIB depende de mudanças e
Ao defender o reforço da política regional para o Nordeste, JOSÉ GUIMARÃES (PT-CE) afirmou que é necessário ampliar a capacidade de ação dos organismos regionais - Dnocs, Chesf, Codevasf, BNB e Sudene - para que eles possam implantar mudanças estruturais que deem à região uma participação no PIB do País condizente com a da sua população.
Segundo o deputado, desde 1939 até 2006, quando o IBGE divulgou os últimos resultados das contas regionais, o Nordeste participa no PIB nacional com média de 13% a 14%.
Porém, a partir do governo Lula, afirmou Guimarães, a administração federal voltou a tomar as rédeas do desenvolvimento regional, sobretudo com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com investimentos em infraestrutura, como os projetos da Transnordestina e a transposição do rio São Francisco.
Integração
A Transnordestina articula por meio da ferrovia as economias do Piauí, Ceará, Pernambuco e Alagoas, e, segundo JOSÉ GUIMARÃES, será o verdadeiro instrumento de integração econômica desses estados.
A transposição do São Francisco visa integrar a bacia do rio às demais bacias hidrográficas do Nordeste Setentrional. Essa, na avaliação do deputado, é a mais importante ação estruturante da política nacional de recursos hídricos, “porque tem como objetivo garantir água para o desenvolvimento socioeconômico dos estados mais vulneráveis às secas, como o Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte e Pernambuco”.
O projeto é orçado em 4,5 bilhões de dólares e visa fundamentalmente assegurar ao Nordeste a oferta de água até 2025 a mais de 12 milhões de pessoas. “Visitei a obra recentemente e, a despeito dos céticos que dizem que as obras do PAC não avançam, a trasposição já chega ao Ceará, mais precisamente na cidade de Mauriti; são mais de 5 mil operários trabalhando no eixo leste e no eixo norte”, informou.
Pré-sal - JOSÉ GUIMARÃES apontou que uma importante forma de incrementar o desenvolvimento da região serão as receitas decorrentes da exploração do pré-sal. O pré-sal, afirmou, não se resume em colocar o Brasil como um dos principais produtores mundiais de hidrocarbonetos. “Ele é principalmente uma alavanca de ampla e profunda transformação dos padrões de desenvolvimento do País”, avaliou.
Guimarães lembrou que o Executivo enviará ao Congresso projetos de lei que vão tratar do tema e, em particular, da destinação dos recursos com que os próximos governos passarão a contar para investimento.
Na avaliação do deputado, a prioridade será o desenvolvimento do País. “E o caminho natural será resolver a questão regional, dando à alocação desses recursos um corte não apenas social, mas também regional, beneficiando as regiões menos desenvolvidas, em particular o Nordeste.
Fonte: Jornal da Câmara