30/06/2009
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Custo de energia eólica poderá cair
O Governo do Ceará, em parceria com o Piauí e Rio Grande do Norte, planeja construir, em solo cearense, uma linha de transmissão que interligue a energia eólica produzida em cada um destes estados à rede nacional de eletricidade. O empreendimento, cujo investimento é de cerca de R$ 600 milhões, daria maior competitividade à energia produzida por essa fonte complementar, reduzindo o valor de sua tarifa.
Do montante a ser levantado para a linha, cerca de R$ 500 milhões deverão ser colocados pelo Ceará, que ainda define como será feita a solução financeira. De acordo com o diretor de Atração de Novos Negócios da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado (Adece), Fernando Pessoa, os governos estão estudando como será feito esse projeto, se será lançada licitação pública, ou se o projeto será empreendido por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP). Pessoa participou ontem da 4ª Power Future — Exposição Internacional e Seminários das Energias Alternativas e Renováveis.
Pessoa adianta que o governo estadual já fez contato com investidores privados, possíveis parceiros na empreitada.
A definição sobre a instalação da linha de transmissão ainda depende, explica, de um estudo técnico que está sendo realizado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), ligada ao Ministério de Minas e Energia. O documento trará informações sobre esta conexão à rede nacional e os impactos gerados com a operação.
´A linha de transmissão tornaria o Ceará mais competitivo, isso porque incentivaria a vinda de indústrias ligadas ao setor. Hoje, a 70% do custo da instalação dos parques é com equipamentos, e trazendo as empresas que produzem essas máquinas para cá, reduziria esse custo, fortalecendo a cadeia da energia eólica´.
De acordo com Pessoa, o preço da energia eólica, ainda mais caro que o da hidrelétrica e da térmica, possui potencial para ser significativamente diminuído. Um outro passo a ser dado para a consolidação desse tipo de energia é a criação de um pacote federal de desoneração tributária do setor. ´A gente [governo estadual] só pode mexer com o ICMS e com a linha de transmissão. É preciso um pacote que reduza o IPI, o Cofins, o Imposto de Renda´. Essa medida, acredita, incentivaria a instalação de indústrias de equipamentos para o setor.
Pessoa destaca, entretanto, que já se está criando uma ambiência política para o desenvolvimento deste tipo de energia renovável.
Leilão
O Ceará já deverá se tornar, até o final deste ano, o maior produtor de energia proveniente dos ventos do País. E essa participação do Estado na geração eólica nacional deverá ampliar ainda mais com a realização do primeiro leilão específico para energia eólica do Brasil, marcado para ocorrer em 25 de novembro.
De acordo com o diretor da Adece, a expectativa é de que o Estado receba cerca de um terço do investimento total. ´Dos projetos já inscritos para o leilão, entre 30% e 40% são para a instalação de parques eólicos no Ceará´, adianta.
FUHRLÄNDER NO CEARÁ
Instalação de fábrica ainda parada
O processo de instalação de uma fábrica de aerogeradores no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP) pela empresa alemã Fuhrländer continua estagnado. As obras de terraplanagem do terreno, que já haviam começado, estão paradas, mas a empresa pretende manter o projeto e busca garantias bancárias para o investimento. De acordo com o técnico industrial da empresa, Emidio Guilherme, um dos representantes da Fuhrländer ontem na Power Future, a empresa ainda trabalha na aquisição de todas as licenças ambientais, mas espera apoio do governo para o avanço da empreitada. Segundo ele, o setor precisa da redução de impostos para garantir o seu desenvolvimento por aqui.
A fábrica, que faria companhia à Wobben Windpower, única fabricante de aerogerador no Estado, teria capacidade inicial para produzir cerca de 20 máquinas por mês. O investimento gira em torno de cinco milhões de euros. Guilherme informa ainda que a Fuhrländer pretende entrar no segmento de produção de energia eólica. O grupo já montou uma joint-venture com uma empresa brasileira, que está realizando o desenvolvimento do projeto. A idéia é de um parque de menor porte, com capacidade para 15 megawatts (MW). Após a sua concretização, o projeto será vendido a uma outra empresa.
Do montante a ser levantado para a linha, cerca de R$ 500 milhões deverão ser colocados pelo Ceará, que ainda define como será feita a solução financeira. De acordo com o diretor de Atração de Novos Negócios da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado (Adece), Fernando Pessoa, os governos estão estudando como será feito esse projeto, se será lançada licitação pública, ou se o projeto será empreendido por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP). Pessoa participou ontem da 4ª Power Future — Exposição Internacional e Seminários das Energias Alternativas e Renováveis.
Pessoa adianta que o governo estadual já fez contato com investidores privados, possíveis parceiros na empreitada.
A definição sobre a instalação da linha de transmissão ainda depende, explica, de um estudo técnico que está sendo realizado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), ligada ao Ministério de Minas e Energia. O documento trará informações sobre esta conexão à rede nacional e os impactos gerados com a operação.
´A linha de transmissão tornaria o Ceará mais competitivo, isso porque incentivaria a vinda de indústrias ligadas ao setor. Hoje, a 70% do custo da instalação dos parques é com equipamentos, e trazendo as empresas que produzem essas máquinas para cá, reduziria esse custo, fortalecendo a cadeia da energia eólica´.
De acordo com Pessoa, o preço da energia eólica, ainda mais caro que o da hidrelétrica e da térmica, possui potencial para ser significativamente diminuído. Um outro passo a ser dado para a consolidação desse tipo de energia é a criação de um pacote federal de desoneração tributária do setor. ´A gente [governo estadual] só pode mexer com o ICMS e com a linha de transmissão. É preciso um pacote que reduza o IPI, o Cofins, o Imposto de Renda´. Essa medida, acredita, incentivaria a instalação de indústrias de equipamentos para o setor.
Pessoa destaca, entretanto, que já se está criando uma ambiência política para o desenvolvimento deste tipo de energia renovável.
Leilão
O Ceará já deverá se tornar, até o final deste ano, o maior produtor de energia proveniente dos ventos do País. E essa participação do Estado na geração eólica nacional deverá ampliar ainda mais com a realização do primeiro leilão específico para energia eólica do Brasil, marcado para ocorrer em 25 de novembro.
De acordo com o diretor da Adece, a expectativa é de que o Estado receba cerca de um terço do investimento total. ´Dos projetos já inscritos para o leilão, entre 30% e 40% são para a instalação de parques eólicos no Ceará´, adianta.
FUHRLÄNDER NO CEARÁ
Instalação de fábrica ainda parada
O processo de instalação de uma fábrica de aerogeradores no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP) pela empresa alemã Fuhrländer continua estagnado. As obras de terraplanagem do terreno, que já haviam começado, estão paradas, mas a empresa pretende manter o projeto e busca garantias bancárias para o investimento. De acordo com o técnico industrial da empresa, Emidio Guilherme, um dos representantes da Fuhrländer ontem na Power Future, a empresa ainda trabalha na aquisição de todas as licenças ambientais, mas espera apoio do governo para o avanço da empreitada. Segundo ele, o setor precisa da redução de impostos para garantir o seu desenvolvimento por aqui.
A fábrica, que faria companhia à Wobben Windpower, única fabricante de aerogerador no Estado, teria capacidade inicial para produzir cerca de 20 máquinas por mês. O investimento gira em torno de cinco milhões de euros. Guilherme informa ainda que a Fuhrländer pretende entrar no segmento de produção de energia eólica. O grupo já montou uma joint-venture com uma empresa brasileira, que está realizando o desenvolvimento do projeto. A idéia é de um parque de menor porte, com capacidade para 15 megawatts (MW). Após a sua concretização, o projeto será vendido a uma outra empresa.
Fonte: Diário do Nordeste