26/11/2008
Compartilhe esta postagem:
Meirelles diz que dívida do setor público é a menor desde 1998
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse, nesta terça-feira, na Câmara dos Deputados, que a dívida líqüida do setor público deve fechar, em novembro, em 35,7% do Produto Interno Bruto (PIB), a menor desde julho de 1998. Segundo ele, este dado reforça a tese de que o Brasil está preparado para enfrentar a turbulência provocada pela crise financeira mundial. Em 2003, a relação dívida/PIB chegou a 56%.
"Isso é da maior importância. No passado, a dívida pública era o fator de maior vulnerabilidade da economia brasileira", disse Meirelles, que participou de uma audiência pública promovida por várias comissões da Câmara e do Senado.
O deputado José Guimarães (PT-CE), coordenador da bancada petista na Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional (CMO), elogiou a exposição de Meirelles e disse que os dados apresentados são muitos positivos. “O presidente do Banco Central deixou até a oposição inibida, sem condições de criticar as medidas econômicas adotadas pelo governo. São dados consistentes do ponto de vista da política econômica, que confirmam o que o presidente Lula vem afirmando sobre a crise financeira mundial: ela existe mas não está causando tantos prejuízos ao Brasil, conforme vem sendo pintado”, afirmou o parlamentar.
Guimarães comemorou a redução da dívida líquida do setor público e disse que a política econômica do governo Lula visa reduzi-la cada vez mais. “É uma ganho enorme. A redução dessa dívida é um dos grandes gargalos da economia brasileira. A meta do governo é fazer cair cada vez mais, tanto a dívida interna quanto a dívida externa, que também vem sofrendo reduções significativas”, disse.
Aumento de empréstimos
O presidente do Banco Central disse ainda que o volume de empréstimos efetuados pelo sistema financeiro começou, este mês, a recuperar o seu desempenho. Nas duas primeiras semanas de novembro, segundo ele, a concessão diária de crédito cresceu 5,7% em comparação com outubro. Esse crescimento foi puxado pelos empréstimos a pessoas físicas, que subiram 14,8%.
Meirelles acrescentou que melhorou também a situação de liquidez dos bancos de pequeno e médio porte - alvos de operações do Banco Central desde setembro para evitar a falta de recursos para empréstimos. "Estamos claramente numa trajetória de recuperação gradual", disse Meirelles.
Assessoria de Comunicação Social com Agência Câmara