24/10/2008
Compartilhe esta postagem:
Movimentos sociais cearenses querem revitalização de escolas agrárias
Quatro instituições ligadas aos trabalhadores em agricultura do estado do Ceará apresentaram, nesta quinta-feira (23), durante seminário com a Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso, em Fortaleza, três propostas de emenda orçamentária no valor de R$ 29 milhões. Das três emendas apresentadas, pelo menos uma deverá ser acatada pelo relator-geral do Orçamento 2009, senador Delcídio Amaral (PT-MS), conforme explicou o deputado José Guimarães (PT-CE), coordenador da bancada petista da Câmara na CMO. O seminário faz parte de um ciclo de eventos organizados pela CMO para ouvir sugestões da sociedade e das lideranças políticas regionais para a elaboração da proposta orçamentária.
A primeira proposta prevê a revitalização das cinco escolas agrícolas estaduais do Ceará. O projeto, que deverá beneficiar anualmente cerca de 1.500 alunos do ensino médio, nas regiões oeste do Estado, vales do Aracatiaçu, Curu, Cariri, Sertão Central e região metropolitana, deverá custar aos cofres públicos R$ 5 milhões. A emenda tem o apoio do deputado Guimarães.
“Se acatada, essa proposta trará muitos avanços para a população cearense. É fundamental que essas escolas cumpram o seu papel na qualificação dos jovens filhos de agricultores que vivem próximos às regiões onde serão revitalizadas as escolas. Isso melhora a produção agrícola da região e aumenta a renda familiar dos pequenos agricultores”, defendeu Guimarães.
A segunda proposta apresentada pelos movimentos sociais prevê a implantação de 70 centros de inclusão digital (CIDs) em assentamentos da reforma rgrária no Ceará. Os CIDs deverão custar cerca de R$ 120.000 cada um, num investimento total de R$ 8,4 milhões e atenderão anualmente cerca de oito mil famílias que vivem em assentamentos rurais. Outra proposta, no valor de R$ 16.000, prevê a construção de dez mil cisternas de placa na região do semi-árido para fortalecer a agricultura.
Entidades
A proposta orçamentária foi elaborada pela Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura do Estado do Ceará, Fórum Cearense pela Vida no Semi-árido, Fórum dos Assentados da Reforma Agrária do Ceará e Rede Cearense de ATER e ATES. O documento também foi assinado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e pela Unicafes.
Fonte: Assessoria de Comunicação Social