14/05/2024

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A Solidariedade nas Cozinhas Comunitárias do Bom Jardim: Um Olhar de Esperança em Tempos Desafiadores.

Na última semana conheci uma uma iniciativa em Fortaleza e faço questão de contar essa história. O poder público precisa saber da existência da Rede de Cozinhas Comunitárias do Grande Bom Jardim. Trata-se de um coletivo formado por 24 projetos de segurança alimentar e nutricional, ligados a associações de moradores, organizações da sociedade civil e instituições religiosas que, juntas, alimentam 13 mil pessoas por dia.

O Grande Bom Jardim, composto pelos bairros Bom Jardim, Canindezinho, Granja Lisboa, Granja Portugal e Siqueira, é uma região que enfrenta desafios socioeconômicos significativos, com um baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e uma maioria de sua população autodeclarada como negra.

Durante a pandemia, esse território também enfrentou um alto número de óbitos pela Covid-19, superando em algumas instâncias cidades de maior porte.

Nesse contexto de vulnerabilidade, a rede de cozinhas se torna um farol de esperança. Ela surgiu a partir do processo de pesquisa participativa "Mapa Participativo de Enfrentamento à Fome do Grande Bom Jardim", que identificou mais de 14 mil pessoas em situação de insegurança alimentar.

Essa iniciativa gerou sete mapas sobre a fome na região, usando dados empíricos-comunitários e indicadores de análise das redes públicas de saúde, assistência social e educação.

Hoje, a rede atende pelo menos 13.950 pessoas de 5.328 famílias, espalhadas por 62 áreas do território. O impacto dessa rede de cozinhas comunitárias vai além da alimentação. Ela promove a dignidade, o fortalecimento da comunidade e a esperança em tempos desafiadores.

Além disso, a rede teve um papel fundamental na elaboração da lei estadual 18.312/15, que criou o Programa Ceará Sem Fome com apoio do governo Lula, o primeiro marco brasileiro de enfrentamento à fome.

Essa lei é um exemplo inspirador de como a sociedade civil pode influenciar a legislação para criar soluções eficazes e sustentáveis para problemas prementes.

Como líder do governo Lula, vejo essa iniciativa como um exemplo a ser seguido e apoiado. Juntos, podemos construir um país mais justo, onde ninguém sofra de insegurança alimentar, e onde a solidariedade seja a norma, não a exceção. Essa é a visão de um Brasil que todos nós sonhamos e merecemos.