01/05/2020

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ARTIGO I Quando a vida vale mais

por José Guimarães (PT/CE), líder da Minoria na Câmara dos Deputados

Vidas importam. Esse é um princípio básico que deveria nortear a conduta de qualquer gestor que se coloca a serviço do povo. Já que a inoperância e a insanidade afloram nas medidas do presidente Jair Bolsonaro, urge resgatar o bom senso na administração pública das gestões estaduais. O cenário atual retrata tal princípio e, mais uma vez, o Ceará se torna exemplo para o restante do Brasil.

Camilo Santana tem demonstrado como se comporta um estadista em uma situação caótica. Antes mesmo do avanço da Covid-19 no Estado, nosso governador já executava um planejamento de ações coordenadas em prol do bem-estar da população. À requisição de hospitais, somaram-se decretos de isolamento e aquisição de UTIS, bem como a compra de 90 toneladas de testes rápidos e equipamentos de proteção individual que vão garantir um atendimento eficaz por três meses.

Tais medidas, associadas ao fortalecimento do Pacto Federativo e do Sistema Único de Saúde, são fundamentais para a desaceleração de contágio verificada em recente pesquisa da UFC. Ainda que a situação fiscal passe por abalos até o fim da pandemia, está claro que o princípio universal de valorização e preservação da vida humana encabeça todas as medidas que vêm sendo tomadas.

Até o fim da crise, os mais carentes estão resguardados de diferentes modos. Um exemplo é o vale-alimentação de R$ 80 que vai preservar a segurança alimentar de 423 mil alunos da Rede Estadual. A isenção das contas de água e energia, bem como a entrega de botijões de gás para famílias de baixa renda, também diminuem o peso dos efeitos econômicos da pandemia entre os mais pobres. São cerca de 2,5 milhões de cearenses beneficiados! Pessoas de diferentes faixas etárias que usufruem das decisões de um Estado forte, que toma decisões assertivas a fim de evitar uma tragédia.

Não será o ímpeto genocida de Bolsonaro que nos salvará. O delírio neoliberal do presidente que defende o afrouxamento do isolamento, infelizmente, ceifará vidas. Que o bom senso dos governadores continue a garantir o bem-estar social. E que a população faça a sua parte ficando em casa. A contribuição coletiva fará com que tudo volte ao normal brevemente.