06/01/2020
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Artigo | Consórcio Nordeste: muito além de uma aliança
Criado em março de 2019, o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste (Consórcio Nordeste) representa uma chama de esperança em meio aos desgastes sofridos pelos estados desde o início do governo Bolsonaro. A aliança de forças entre os governadores nordestinos representa bem mais do que uma parceria que resultará em benefícios econômicos a longo prazo, simboliza a união de uma região comprometida com o crescimento do País.
A passagem da comitiva por países europeus, em novembro passado, reflete o intento de potencializar a nossa economia em áreas sedentas de investimento. Empresários franceses, italianos e alemães conheceram de perto o potencial de desenvolvimento da região que é responsável por 14% do PIB brasileiro, uma fatia robusta que ultrapassa a casa dos R$ 800 bilhões.
O estímulo à economia será resultado da injeção de recursos desses países em áreas como sustentabilidade, saúde, infraestrutura, segurança pública e energias limpas. Trocando em miúdos, teremos um impacto positivo na geração de empregos e renda, molas propulsoras para a continuidade do nosso crescimento e da tão sonhada equidade social.
O governador do Ceará, Camilo Santana, participou e esteve à frente de importantes discussões, como a criação de uma rota de transporte de gás natural entre os nove estados do Nordeste; o compromisso com ações alinhadas à Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da Unesco; o acordo ambiental entre França e os estados da região; e o inovador projeto de abastecimento e reuso de água que eliminará a dependência de carros-pipa.
Temos tudo para, mais uma vez, ser exemplo para o restante do Brasil. Nossa situação fiscal favorece a confiança de investidores internacionais e fornece segurança jurídica aos trâmites necessários. Não se trata de rebater os sucessivos ataques sofridos, mas de unir forças e valorizar o que mais importa: o desenvolvimento da região. Juntos, os governadores nordestinos ajudarão a reposicionar o nosso País na economia internacional.
*Publicado originalmente no Jornal O Povo em 06/01/2020