29/11/2019
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Artigo | Congresso do PT: união de forças para um Brasil melhor
O 7º Congresso Nacional do Partidos dos Trabalhadores (PT), ocorrido no último fim de semana, sinalizou a confluência de interesses em prol da reestruturação do Brasil. Não se tratou apenas de um momento de alinhamento estratégico para o partido, mas de um encontro de lideranças e representantes da sociedade civil empenhados na reconquista dos direitos em meio à crise democrática instaurada pelo atual governo.
Nosso congresso foi marcado por três grandes momentos que expressam a unidade que construímos no decorrer de anos de defesa das bandeiras sociais. O primeiro deles foi o ato de abertura, marcado pelo discurso do Lula. Trata-se de uma nova carta às brasileiras e aos brasileiros.
Um discurso com conteúdo, um verdadeiro tratado de defesa do legado dos nossos governos. Uma fala oportuna, inclusive, em que fez um balanço sobre o período da sua prisão política em Curitiba. Não faltou espaço, também, para apontar caminhos para o Brasil, além de destacar o papel do PT e das forças de esquerda na luta contra o avanço da extrema direita no País.
Foi forte! Um discurso que diz o tamanho do Lula e o que ele está sugerindo para o Brasil: a necessidade de desenvolvermos uma aliança em amplos setores para defender a democracia ameaçada pelas atitudes fascistas de Bolsonaro e sua corja. Um fascismo alinhado a uma política neoliberal que favorece o retorno do desemprego, da fome, da miséria. Um cenário de desconstrução de direitos que foram tão defendidos por nós em sucessivas gestões.
Além de legitimar o restabelecimento de seus direitos políticos, Lula lavou as mãos sobre uma culpa que não é sua: a polarização. Quem causou essa monumental crise foi Bolsonaro e a extrema direita que incita o ódio por meio de fake news e sucessivos projetos de retirada de garantias constitucionais. Tudo começou com uma ação orquestrada que golpeou Dilma, prendeu Lula injustamente e colocou no poder o presidente com a pior avaliação em um primeiro mandato da história.
Um segundo momento significativo foi a definição da tese-guia, “Construindo um novo Brasil”. Trata-se de um regimento que contempla temas fundamentais nos níveis nacional e internacional, bem como a oposição a Bolsonaro, as eleições municipais 2020 e as questões essenciais de organização interna para estruturação e fortalecimento das bases do partido.
Em especial, a construção de uma frente de oposição a Bolsonaro ocupou espaço relevante nas discussões. Além de lutar contra as medidas autoritárias que retiram os direitos do povo, ficou clara a necessidade de mobilização popular contra os desmandos do presidente. Assim como outras nações latino-americanas, que recebem nosso apoio, o Brasil precisa acordar e ir às ruas lutar contra o desmonte de áreas como saúde, economia, infraestrutura, cultura e educação.
Outro destaque desse segundo momento foi a articulação para as eleições 2020. O pontapé foi dado. Ano que vem, o PT vem forte e com candidaturas próprias em todas as regiões brasileiras. Vale salientar que estamos abertos para alianças com outros partidos de esquerda ou do centro que concordam com as pautas defendidas por nós. São medidas fundamentais para garantir, inclusive, nossa vitória nas eleições 2022.
Por último, o terceiro grande momento foi a reeleição da companheira Gleisi Hoffmann para mais quatro anos como presidenta nacional do PT. Eleita com mais de 70% dos votos, Gleisi segue representando a união de diferentes correntes do partido e a consciência de que precisamos diminuir o peso da burocracia em nossas ações. Tudo para garantir mais investimentos em comunicação e mobilizações nas ruas, a fim de reestruturar nossas lutas e fortalecer nossas bandeiras.
Portanto, foi mais um congresso histórico, de luta contra o neoliberalismo e o fascismo de correntes que desestabilizam a democracia. Foi um evento forte, representativo e que reafirma o que já sabemos: o PT é a cara do Brasil. Nós somos a melhor alternativa para o país e saímos fortalecido desse encontro. Quem apostou que o partido estava arruinado, quebrou a cara. Com Lula livre e investimentos em áreas centrais, estamos credenciados a voltar a governar o país em 2022.