08/05/2006
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Unidade política: o caminho da vitória
A realização do 13º Encontro Nacional completa uma fase importante na preparação do Partido dos Trabalhadores, com vistas ao enfrentamento da conjuntura que se apresenta.<br /> <br /> Os debates demonstraram o forte sentimento de unidade política que nos move, neste momento decisivo para a história de toda uma geração de lutadores e lutadoras em torno de um ideário que estamos transformando em realidade pela ação concreta de um governo democrático e popular.<br /> <br /> Estamos unidos na defesa do projeto de reeleição do presidente Luís Inácio Lula da Silva e do PT, como instituição democrática, popular, ética e socialista. Essa unidade nos permite enfrentar a polarização entre o nosso projeto e o projeto neoliberal tucano-pefelê, aprofundando o enfrentamento para os campos social, político e programático.<br /> <br /> Não nos furtamos a enfrentar de forma altiva o debate no campo da ética, pois os que nos atacam são useiros e vezeiros na prática de abafar CPIs, como se vê na Assembléia Legislativa de São Paulo, onde o governo do PSDB engavetou 69 iniciativas de investigação, e aqui mesmo no Ceará, onde o governo tucano tremeu diante da possibilidade de instalação de uma única CPI para investigar suas licitações.<br /> <br /> Muito nos interessa o debate entre os projetos políticos em disputa. De um lado, a implementação um projeto nacional de desenvolvimento, capaz de melhorar as condições de vida do nosso povo, promover crescimento com distribuição de renda, garantir as condições de funcionamento do Estado, afirmando nosso compromisso com a democracia e com a soberania nacional.<br /> <br /> Do outro lado, o programa da oposição, que se resume à retomada da agenda neoliberal implantada na era FHC, baseada na supressão de direitos sociais e constitucionais, privatizações, repressão aos movimentos sociais e submissão internacional.<br /> <br /> Em 2006, queremos mais do que reeleger Lula; queremos também criar as condições políticas, institucionais e sociais que permitam um segundo mandato superior ao primeiro, capaz de avançar na transição do modelo econômico e social. Essas condições passam necessariamente pela conformação de uma base de governabilidade que associe uma maioria congressual política e programaticamente qualificada, com uma base de apoio popular, organizada e mobilizada.<br /> <br /> Nesse sentido, merecem relevo os esforços que o governo já vem fazendo para aprofundar o diálogo com os movimentos sociais e os setores populares da sociedade brasileira; sem prejuízo da autonomia do movimento, entendemos perfeitamente viável a construção de uma agenda de avanços sociais na direção da construção de um estado de bem-estar em nosso país.<br /> <br /> A construção de uma interlocução permanente com os aliados, a sociedade civil e com os demais atores políticos envolvidos na construção do nosso projeto, inclusive o governo, é tarefa indelegável a ser cumprida pelo PT. Para tanto, faz-se necessário a um só tempo em que dirigimos o enfrentamento político, adotarmos ações de fortalecimento das nossas instâncias partidárias, para que os dirigentes locais tenham autoridade política para comandar a campanha em cada cidade.<br /> <br /> A polarização, já em curso, nos une e nos fortalece, pois desafia o PT e seus aliados a um enfrentamento político que vai além das arenas dos meios de comunicação e do Congresso; deve ganhar as ruas, assembléias, palanques, corações e mentes de todos quantos acreditem que estaremos juntos escrevendo a história de uma grande vitória.