25/10/2017

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Oposição pede saída de Temer para barrar entrega do Brasil

Portando cartazes e proferindo palavras de ordem como “Fora Temer” e “Investiga Já”, deputados de partidos da oposição (PT, PC do B, PDT, PSOL, PSB e Rede) realizaram na manhã desta quarta-feira (25) uma manifestação no Salão Verde da Câmara pedindo a saída do presidente ilegítimo e golpista Michel Temer do poder. Os parlamentares também anunciaram, em entrevista à imprensa, a estratégia da oposição para impedir que a base governista arquive a denúncia contra Temer por organização criminosa e formação de quadrilha.

Segundo o líder da Minoria, deputado José Guimarães (PT-CE), a oposição não vai contribuir para que se alcance o quórum para a votar a denúncia. Com isso, o próprio líder da Minoria vai pedir a abertura de um novo painel de votação, obrigando os governistas a registrarem presença no plenário, adiando a votação e jogando a análise para a próxima semana.

“A estratégia é aumentar a pressão sobre o governo, que é o maior interessado em enterrar a denúncia, e conseguir tempo para aumentar a pressão popular nas ruas, visando angariar apoio aqui na Câmara para o prosseguimento da denúncia no STF”, explicou Guimarães.

Para que isso ocorra, o líder da bancada do PT, deputado Carlos Zarattini (SP), explicou que os parlamentares da oposição – e de outros partidos que apoiam o governo, mas que desejam o envio da denúncia para análise do STF- não vão registrar a presença no plenário. O líder lembrou que o governo precisa de apenas 172 votos para enterrar a denúncia, enquanto a oposição necessita de 308 votos para aprovar o envio da peça ao STF.

“Se não dermos o quórum essa denúncia vai continuar insepulta e, com isso, vamos conseguir impedir a votação de matérias contrárias aos interesses dos trabalhadores e do país”, ressaltou. Entre as ações que Temer pretende aprovar caso consiga arquivar a denúncia contra ele na Câmara, Zarattini citou a reforma da Previdência, a privatização da Eletrobrás e aprovação da Medida Provisória (MP 795), que liquida a indústria brasileira naval e de equipamentos para exploração de petróleo.

Após a manifestação, vários parlamentares se revezaram na tribuna improvisada na entrada do plenário para defender a aprovação da denúncia contra Temer e os ministros. O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) lembrou que nos últimos dias o governo tem intensificado a compra de votos de parlamentares para enterrar a denúncia.

“Os inimigos do povo brasileiro, que deram o golpe em uma presidenta honesta e legitimamente eleita, estão no Palácio do Planalto saqueando o Brasil e entregando o destino do país ao sistema financeiro nacional e internacional. O governo está comprando parlamentares para tentar barrar a denúncia”, acusou.

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, deputado Paulão (PT-AL), afirmou que Temer “transformou o Palácio do Planalto em um balcão de negócios para se safar da denúncia”. Já o deputado Marco Maia (PT-RS), ressaltou que manter Temer no poder é um prejuízo para o povo brasileiro.

“Tivemos quase um retrocesso por dia desde que Temer assumiu o poder. Desde a redução do alcance do Bolsa-Família, passando pela aprovação das terceirizações, mudanças na CLT e congelamento dos investimentos públicos por 20 anos. Por isso temos que gritar bem alto, Fora Temer! ”, disse.

Também participaram do ato contra Temer os deputados petistas Adelmo Leão (MG), Afonso Florence (BA), Assis Carvalho (PI), Bohn Gass (RS), Caetano (BA), Décio Lima (SC), Enio Verri (PR), Erika kokay (DF), Givaldo Vieira (ES), Helder Salomão (ES), Henrique Fontana (RS), João Daniel (SE), Léo de Brito (AC), Marcon (RS), Maria do Rosário (RS), Nelson Pelegrino (BA), Nilto Tatto (SP), Paulo Pimenta (RS), Reginaldo Lopes (MG), Ságuas Moraes (MT), Valmir Assunção (BA), Valmir Prascidelli (SP), Vicente Cândido (SP), Wadih Damous (RJ), Waldenor Pereira (BA) e Zé Geraldo (PA).

Fonte: PT na Câmara