23/08/2017

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Guimarães é contra a volta do financiamento empresarial

O líder da Minoria na Câmara, deputado José Guimarães (CE) e os deputados petistas Beto Faro (PT-PA) e Zé Geraldo (PT-PA), condenaram nesta terça-feira (22) a volta do financiamento empresarial nas campanhas eleitorais e a adoção do Distritão. Segundo os parlamentares, existe um movimento no parlamento para implementar esses dois retrocessos no País.

“Se a Câmara não votar, já começa no Senado um movimento para retomar o financiamento empresarial”, alertou Guimarães. Uma proposta de emenda à Constituição (PEC 113C/15) legalizando o recebimento de dinheiro por pessoas jurídicas já se encontra na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.

Para o deputado Beto Faro, apenas a constituição de um fundo público para financiar as campanhas eleitorais pode democratizar o acesso aos parlamentos brasileiros.

“Tem que haver um fundo, sob pena de estarem aqui pessoas que não têm nenhum compromisso partidário, nenhum compromisso com um programa, com um projeto de país, de Estado, de município. Só estarão aqueles que têm uma riqueza muito grande ou que têm grupos que, pelo caixa dois, vão financiá-los”, explicou.

Já o deputado Zé Geraldo acusou a imprensa, e até membros do judiciário, de manipular informações para prejudicar a adoção do financiamento público.

“Há alguns meios de comunicação já liderando uma campanha contra o financiamento público para as eleições. Há ministro do Supremo Tribunal Federal como, por exemplo, o Ministro Barroso dizendo: Não, mas 3,5 bilhões é muito; 800 milhões; 1 milhão. Ora, ou há fundo público eleitoral ou não há. Ou será que nós queremos continuar com o dinheiro público, de forma ilegal, financiando as campanhas milionárias no Brasil? ”, indagou o parlamentar.

Distritão– O líder da Minoria, José Guimarães, e o deputado Beto Faro também condenaram setores políticos que tentam adotar o Distritão. De acordo com os parlamentares, esse sistema apenas prejudicaria a democracia brasileira.

“Esse Distritão não pode ser aprovado, porque impede a renovação, acaba com os partidos e só vai se eleger aquela personalidade sem nenhuma vinculação programática. Será um duríssimo golpe no eleitor”, disse José Guimarães.

Héber Carvalho
Foto: GustavoBezerra/PTnaCâmara