19/04/2017

Imprimir notícia

Compartilhe esta postagem:


Retirada de direitos pode provocar convulsão social no País

O Congresso Nacional viveu um clima de confronto nesta terça-feira (18) durante protesto de trabalhadores em reação às propostas de reformas Trabalhista (6787/16) e da Previdência (287/16) apresentada pelo governo ilegítimo de Michel Temer, no apagar as luzes do ano passado. Em entrevista, o líder da Oposição na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE) afirmou que a ausência do diálogo e o atropelo na votação de propostas importantes para a população só tendem a ampliar a radicalização social.

Guimarães lembrou que a proposta de Reforma Trabalhista mexe com mais de 100 artigos da CLT e desestrutura todas as relações entre capital e trabalho. Proposta dessa relevância, apontou, a base do governo golpista quer aprovar através de requerimento de urgência. “Isso não se faz. Isso é mais um golpe que é dado numa matéria tão relevante para o País”, disse, antes da rejeição da urgência em plenário.

“O que está acontecendo aqui no Congresso Nacional é que não há diálogo, não há entendimento, aí vai para o vale-tudo. Esse clima de radicalização é culpa do governo”, lamentou Guimarães o confronto entre policiais legislativos e manifestantes que ocorreram nas dependências da Casa durante a tarde.

“Essa reforma é isso. O governo está criando um clima de descontrole social no País. Podemos chegar num clima de convulsão social e quem corre risco é a democracia porque não se governa com 5% de aprovação”, reiterou o líder oposicionista, se referindo à aceitação popular do governo golpista que não atinge dois dígitos aritméticos.

Ainda, segundo o deputado Guimarães, o Congresso viveu hoje um “esquenta”. Antecipou o líder, que o Brasil vai parar no próximo dia 28, data da Greve Geral convocada pelas centrais sindicais e movimentos populares. “Fizemos uma reunião com as centrais sindicais, Ministério Público do Trabalho, Anamatra e várias instituições, e todo mundo está disposto a parar o Brasil. Nós temos que parar o Brasil contra os retrocessos”, recomendou.

Audiência – Pela manhã, na audiência pública conjunta das comissões de Legislação Participativa e de Trabalho, Administração e Serviço Público para debater a reforma Trabalhista (PL 6787/16), representantes das centrais sindicais também apostaram no dia 28 de abril como o dia D para barrar as propostas que ferem de morte os direitos dos trabalhadores.

Benildes Rodrigues