29/04/2012
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Deputado José Guimarães participa do II Acampamento do Trabalhador
O deputado federal José Guimarães (PT-CE), o secretário de Cidades, Camilo Santana (PT-CE) e o prefeito Manoel Santana participaram, no último sábado (29), de um debate sobre economia solidária, durante o primeiro dia do II Acampamento do Trabalhador do Cariri, em Juazeiro do Norte, extremo-Sul do Estado do Ceará. O evento conta com o patrocínio do Banco do Nordeste e do Governo do Estado.
Pelos levantamento do Ministério do Trabalho e Emprego (2005), o Ceará é o segundo estado brasileiro em número de empreendimentos em economia solidária. Atrás apenas do Rio Grande do Sul (1.634 iniciativas, 10,9% do total do país), o Ceará detém 1.249 ações no setor (8,4%). Somente a região do Cariri reúne mais de 300 empreendimentos neste grupo. O região Nordeste concentra 44% das iniciativas.
Em seu discurso, o parlamentar cearense, que é coordenador da bancada nordestina no Congresso Nacional, destacou que o governo do ex-presidente Lula inverteu o papel dos bancos públicos no País, que passaram a visualizar não apenas o lucro, mas o crescimento econômico e social. "Montar uma rede de economia solidária é um passo importante para se equilibrar as oportunidades entre grandes e pequenos empreendedores", disse para uma platéia de jovens.
"Vocês querem ser os precursores da economia solidária no Brasil?! Então, batam na porta dos bancos públicos, como o BNB. Com o Lula e a Dilma, os bancos públicos ganharam um novo papel, que é o de alimentar os sonhos dos brasileiros que querem se tornarempresários de sucesso", aconselhou.
O II Acampamento do Trabalhador segue até a próxima terça-feira, dia 1o de Maio, no Parque Ecológico das Timbaúbas e é organizado pela Prefeitura de Juazeiro do Norte. O evento conta de rodas de conversa, como a que José Guimarães e Camilo Santana participaram, shows artísticos, palestras, debates, prestação de serviços ao trabalhador, lazer, mostras e exposições.
Economia solidária
Economia solidária é uma forma de produção, consumo e distribuição de riqueza (economia) centrada na valorização do ser humano e não do capital. Tem base associativista e cooperativista, e é voltada para a produção, consumo e comercialização de bens e serviços de modo autogerido, tendo como finalidade a reprodução ampliada da vida. Preconiza o entendimento do trabalho como um meio de libertação humana dentro de um processo de democratização econômica, criando uma alternativa à dimensão alienante e assalariada das relações do trabalho capitalista.
Além disso, a Economia Solidária possui uma finalidade multidimensional, isto é, envolve a dimensão social, econômica, política, ecológica e cultural. Isto porque, além da visão econômica de geração de trabalho e renda, as experiências de Economia Solidária se projetam no espaço público, no qual estão inseridas, tendo como perspectiva a construção de um ambiente socialmente justo e sustentável.
Vale ressaltar: a Economia Solidária não se confunde com o chamado "Terceiro Setor" que substitui o Estado nas suas obrigações legais e inibe a emancipação de trabalhadoras e trabalhadores, enquanto sujeitos protagonistas de direitos. A Economia Solidária reafirma, assim, a emergência de atores sociais, ou seja, a emancipação de trabalhadoras e trabalhadores como sujeitos históricos.