29/03/2012

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Comissão especial adia mais uma vez votação do relató

Uma manobra do líder do PMDB na comissão especial da reforma política, deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ), obstruiu, mais uma vez, a votação do relatório final da reforma política. Em meio ao bate-boca, na última quarta-feira (28), o relator da proposta, deputado Henrique Fontana (PT/RS), chegou acusar o líder do PMDB de praticar "chantagem". A próxima reunião da comissão especial está marcada para terça-feira (03).

O bate-boca começou logo após Eduardo Cunha ter afirmado que o relatório final da reforma política seria uma "colcha de retalhos" e de pedir a votação do relatório artigo por artigo. “Este relatório pode receber todas as críticas, pode ter todas as divergências com o deputado Eduardo Cunha, mas ele não é uma colcha de retalhos. Ele é um relatório que tem coerência, começo, meio e fim”, rebateu Fontana.

Ao todo, o relatório da reforma política acolheu quase 50 destaques, o que poderia modificar completamente a proposta apresentada, segundo Fontana. No entender do relator, a votação do relatório poderá, inclusive, permitir a aprovação de uma proposta de reforma política diferente do que ele próprio tem defendido.

Além do financiamento público exclusivo da campanha política e da lista mista de candidatos nas eleições proporcionais, também conhecido por “sistema belga”, a mudança de data de posse da Presidência da República e dos governadores são propostas da reforma política apresentada.