01/07/2019

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José Guimarães sobre reforma da Previdência: “resistir, protelar e derrotar”

O deputado federal José Guimarães (PT-CE) falou à TV 247 sobre a postura da oposição em relação à reforma da Previdência e resumiu a ação em três palavras: “resistir, protelar e derrotar”. Ele também falou sobre o julgamento no Superior Tribunal Federal (STF) de dois pedidos de habeas corpus da defesa do ex-presidente Lula.

Guimarães contou que os partidos de oposição já se reuniram e estão acordados sobre votarem contrários à reforma. “Os seis partidos de oposição, PT, PCdoB, PSB, PDT, o PSOL e a REDE, fecharam a questão no voto contrário ao relatório do deputado Samuel Moreira, essa á uma primeira decisão que terá grande impacto pelo tipo de debate quando a matéria chegar no plenário da Câmara, essa posição nós construímos e consolidamos a partir de uma reunião com os partidos e centrais sindicais”.

Como parte da estratégia, o deputado federal afirmou que a oposição pretende transferir o debate da matéria principal na comissão especial para o dia 02 de julho. “A partir desta posição nossa, vamos trabalhar em três dimensões, a primeira delas, adiar a votação da comissão especial. Avalio que na comissão o nosso papel é levar o debate da matéria principal lá para o dia 02 ou 03 de julho, essa é a nossa meta e a articulação que estamos fazendo com esses seis partidos, dialogando com partidos do centro, buscando construir um caminho que seja melhor para o país para dar transparência e para que o Brasil acompanhe o voto de cada parlamentar”.

Outra investida seria levar a votação da matéria para o segundo semestre deste ano. “A segunda questão importante é não deixarmos a matéria ser votada nesse semestre, nós fechamos um pacto com as centrais sindicais e com esses partidos para levarmos a discussão e votação da matéria no plenário para o segundo semestre, claro que isso depende muito de uma terceira questão que é relevante: a mobilização social".

José Guimarães ainda detalhou a importância da mobilização popular pelo tema e como está sendo feita tal articulação. “Na reunião com as centrais sindicais conversamos bastante sobre a necessidade de ampliarmos a mobilização, mobilização naquilo que está sendo programado para o dia 12 de julho, na Marcha das Margaridas e, daqui até lá, as centrais sindicais e os movimentos sociais ocuparem as bases dos deputados da comissão, os aeroportos, em todo um projeto de mobilização que as centrais sindicais e os movimentos estão desenvolvendo. Se resume em três palavras: resistir, protelar e derrotar”.

Sobre o julgamento no STF de dois habeas corpus de Lula, o deputado federal afirmou que a expectativa era positiva em relação a soltura do ex-presidente. “No momento em que nós estávamos debatendo com o jornalista do The Intercept o Supremo julgava o HC do presidente Lula. Havia da nossa parte uma expectativa positiva por conta de que o que a defesa do ex-presidente Lula argumentou foi a suspeição do juiz Moro, que culmina com o que o Intercept falou para nós: as revelações do site Interpet e as publicações que foram feitas nos últimos 20 dias mostram uma total parcialidade e falta de isenção do juiz Moro e do procurador que coordena a Lava Jato. O país sabe que o que Moro fez não é digno de uma conduta imparcial de um juiz que tem o compromisso que tem o compromisso de, como ele sempre dizia, combater a corrupção”.

 Fonte: Portal 247