13/12/2017

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Guimarães presta solidariedade aos trabalhadores em greve

Uma luta que deve ser aplaudida por todos os brasileiros. No nono dia em greve de fome na Câmara contra a reforma da Previdência, os representantes dos Trabalhadores da Pequena Agricultura (MPA) receberam a visita de líderes do Congresso nesta quarta-feira (13). Permanecem no protesto em Brasília Josi Costa, Leila Denise, Frei Sergio Görgen, Simoneide de Jesus, Rosangela Piovizani e Rosa Jobi.
"Os trabalhadores estão tentando chamar a atenção de toda a sociedade para a essa perversidade que esse governo tenta empurrar goela abaixo do povo. Não podemos aceitar tamanha arbitrariedade calados", comentou o deputado federal José Guimarães.
De acordo com o movimento, a cada dia novos trabalhadores do campo e da cidade aderem à greve fome em todo o país. Hoje, segundo afirmam, além de Brasília, há grevistas no Rio Grande do Sul, Sergipe e Piauí. Dia de Fome, vigílias, atos e ações de denúncia contra o fim da aposentadoria ocorreriam ainda em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Sergipe, Espírito Santo, Rondônia, Bahia, Piauí, Pernambuco, Goiás e Alagoas.
Na tarde de ontem, os grevistas na Câmara dos Deputados receberam a visita do presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Dom Sergio da Rocha. “Queremos nesse momento reafirmar a necessidade de preservar o direito da população dos mais diversos campos, em especial dos mais pobres, dos mais sofredores e daqueles mais indefesos”, afirmou o cardeal.
No final do dia o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também visitou os camponeses e camponesas. Após ouvir Frei Sérgio sobre como a Reforma da Previdência irá afetar os trabalhadores do campo e da cidade, Maia se disse a favor da reforma da Previdência, mas que ainda não decidiu se irá colocá-la na pauta para votação este ano ou somente em 2018.
Embora prejudique igualmente todos os trabalhadores, a reforma é especialmente perversa para os pequenos produtores rurais. Pelas regras propostas, cada integrante do grupo familiar teria de contribuir por 15 anos para ter direito à aposentadoria. Atualmente, a Constituição define que basta a esses trabalhadores comprovar atividade produtiva no campo por 15 anos para receber o benefício. Isso porque, devido às intempéries, os pequenos produtores não têm garantia de renda.
Com informações da comunicação do MPA.