26/10/2017

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Nova denúncia contra Temer é arquivada

“Perdemos por 251 a 233 votos, mas a unidade das oposições e o apoio recebido me enche de esperança. Continuarei sempre ao lado do povo cearense e do Brasil na defesa da democracia, da soberania e por nenhum direito a menos. Estou muito cansado mas feliz e sempre ao lado do povo”, a avaliação foi feita pelo líder da Oposição na Câmara dos Deputados, José Guimarães, após a maioria dos deputados arquivar mais uma denúncia contra Michel Temer.
Os partidos de oposição demonstraram nesta quarta-feira (25) uma grande capacidade de unidade ao conseguir atrasar por mais de oito horas o início do processo de votação da segunda denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Michel Temer. Além de acumular forças para tentar derrotar o governo, um dos objetivos do PT, do PC do B, do PDT, do PSOL, do PSB e da Rede era permitir que a população brasileira pudesse acompanhar em casa o voto dos deputados. Diante da enorme pressão exercida pelo Palácio do Planalto – inclusive com a liberação de emendas, de refinanciamento de dívidas e perdão de multas – Temer escapou da investigação no STF.
O presidente respondia pela prática dos crimes de organização criminosa – junto com os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) – e sozinho pelo delito de obstrução de justiça. Orientaram o voto pelo arquivamento da denúncia contra Temer o PMDB, DEM, PP, PSD, PR, PRB, PEN, PSL e o Solidariedade. Divididos, PSDB e o PV liberaram as bancadas.
Guimarães parabenizou a unidade da oposição. Já prevendo a vitória da base governista, o líder denunciou que “nas últimas 24 horas o governo patrocinou uma intensa compra de votos” que, segundo ele, “resultou no prejuízo de R$ 33 bilhões ao País em refinanciamento de dívidas e perdão de multas”. Guimarães ainda projetou momentos difíceis para o País com a absolvição de Temer.
“Se não aprovarmos a continuidade da denúncia, qual Brasil teremos amanhã? Teremos um governo sem apoio da sociedade, sem apoio social, e sem condições de retomar o crescimento da economia”, observou.