19/12/2016

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Guimarães: Diretas Já! O País não aguenta 2 anos de governo Temer

A saída do usurpador Michel Temer (PMDB) e a convocação de eleições diretas para escolha do próximo presidente da República, ainda em 2017, são o único caminho para a estabilidade política no Brasil, afirma o líder da Minoria na Câmara, o deputado federal José Guimarães (PT-CE).

“O País não aguenta dois anos de governo Temer, um governo que está derretendo. E essa instabilidade pode criar espaço para qualquer aventura. Por isso que o melhor remédio é eleições diretas, já”, garante o petista.

Em entrevista exclusiva à Agência PT de Notícias, Guimarães apontou três grandes desafios à frente da liderança da Minoria: organizar a posição ao governo ilegítimo de Temer; derrotar a Reforma da Previdência; e mobilizar o País pelas Diretas Já.

Para o deputado, 2016 entrará para a história como o ano do golpe, “o ano do terror”.

“É o ano que vai marcar para as futuras gerações. Um ano de profundos retrocessos para o povo, para os trabalhadores e para a democracia. A democracia brasileira agoniza”, lamenta.

Leia a entrevista completa com o deputado José Guimarães:

O senhor é o atual líder da Minoria na Câmara dos Deputados. Quais os desafios à frente da liderança da Minoria?

São três os desafios principais. O primeiro dos grandes desafios é organizar a oposição ao governo Temer dentro e fora do Parlamento. É um governo que está derretendo, não há ambiente político para o governo ilegítimo tomar qualquer medida para recompor econômica e socialmente o País.

O segundo grande desafio é mobilizar o Brasil contra a PEC 287, a PEC da Reforma da Previdência. É uma reforma elitista, que tem um único objetivo: retirar direitos. Precisamos derrotar essa PEC da Reforma da Previdência e para isso o melhor remédio é mobilização social, povo nas ruas para derrotar essa PEC da crueldade.

O terceiro grande desafio é mobilizar o País pelas Diretas Já. Não há outro caminho a não ser um acordo nacional para realização de novas eleições para presidência da República. O País não aguenta dois anos de governo Temer. As ameaças são reais. E essa instabilidade pode criar espaço para qualquer aventura. Por isso que o melhor remédio é eleições diretas, já.

 Como mobilizar para além do Parlamento?

Eu considero que se nós organizarmos a oposição parlamentar em cima desses três eixos, eu penso que a gente dialoga com o País, com os movimentos sociais e potencializa a possibilidade de nós derrotarmos essa PEC da Previdência, que é a principal bandeira que deve galvanizar e organizar os movimentos sindical e social.

Tem que mobilizar o País de norte a sul. Movimento sindical, rural e urbano precisa se dar contra da gravidade dessa Reforma da Previdência e do impacto que ela terá na vida das pessoas.

 A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara (CCJ) aprovou a admissibilidade da PEC da Reforma da Previdência. O que fazer agora?

Passou, mas passou apertado. E agora nós vamos montar a comissão especial. Queremos ampliar a oposição na comissão especial, com habilidade e maestria, mostrando que essa PEC não é a saída para estabilizar o País. Essa PEC, na verdade, desestabiliza o País. Por isso que ela precisa ser derrotada. Nem o governo FHC fez tanta crueldade contra os trabalhadores como o governo Temer.

 Para o senhor, como ficará marcado o ano de 2016 entra para a história do Brasil?

Foi o ano do golpe, o ano do terror. É o ano que vai marcar para as futuras gerações. Um ano de profundos retrocessos para o povo, para os trabalhadores e para a democracia. A democracia brasileira agoniza.

 

Por Luana Spinillo, da Agência PT de Notícias