15/07/2015

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Viagens simbolizam a retomada do crescimento

por José Guimarães

A viagem da presidenta Dilma Rousseff aos Estados Unidos marca o momento da virada do Brasil rumo à retomada do crescimento. Realizada três dias após o lançamento do Plano Nacional de Exportações, a visita foi marcada pelo fortalecimento das relações bilaterais entre os países, pela busca de mercado para os produtos brasileiros e de cooperação tecnológica. Da mesma forma, o giro da presidenta pela Rússia - no encontro dos BRICs , e na Itália - mostram que o País está em busca de novos acordos para amplificar a retomada do crescimento econômico.

Um dos pontos mais importantes do encontro foi a liberação das importações de carne brasileira in natura para o mercado norte-americano, em acordo que encerra negociações de 15 anos. O potencial de exportação para o país é de até 60 mil toneladas por ano.

Além de permitir o acesso dos produtores brasileiros aos Estados Unidos, o acordo facilita as exportações para outros mercados importantes, como Canadá, México, América Central, Coreia do Sul, Japão e Taiwan, que utilizam as regras americanas. Os países asiáticos são os que melhor remuneram a carne.

Dilma Rousseff e Barack Obama ainda anunciaram a intenção de assinar memorando para harmonizar normas técnicas, o que deve facilitar a entrada de produtos brasileiros no mercado americano. Acordos de convergência regulatória, aliás, representam um dos objetivos do plano de exportações.

Mas junho foi marcado também por outras iniciativas que demonstram a disposição do Governo Federal para aquecer a economia. Além do plano de exportação, foram lançados neste mês outros três planos de longo alcance, que juntos vão representar a injeção direta de R$ 415 bilhões em toda a cadeia produtiva nacional nos próximos anos.

Somente com os planos nacionais da agricultura e da agricultura familiar os investimentos no campo chegam a quase R$ 217 bilhões ainda nesta safra. Já o Plano Nacional de Investimentos em Logística (PIL) fará circular outros 198,5 bilhões no mercado interno.

A simplificação e a racionalização das leis e dos processos administrativos e aduaneiros com as medidas do plano de exportação ainda vão facilitar o acesso dos produtos brasileiros ao mercado internacional, com um poder de compra equivalente a 32 vezes o produto interno bruto brasileiro.

Essas mudanças internas, além de estimular o crescimento, também vão tornar o país ainda mais atraente para o investimento estrangeiro. Hoje o Brasil já ocupa o quinto lugar mundial na preferência dos investidores. Vale lembrar que apenas a China já declarou a aplicação de 50 bilhões dólares por aqui.

Todas essas iniciativas do governo Dilma deixam claro o que estamos reafirmando desde o início do ajuste – que as medidas adotadas não representam um fim em si mesmo. Era necessário arrumar a casa para permitir a retomada do dinamismo econômico. Não temos a menor dúvida de que, concluídas as principais etapas desse reordenamento, 2016 será o ano de colher os resultados e retomar o caminho do desenvolvimento.

José Guimarães é líder do governo na Câmara dos Deputados e Vice-presidente nacional do PT